A polêmica em torno do desenvolvimento de sementes de trigo transgênico continua. Desde de março deste ano, a discussão ganhou ainda mais força quando a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou o trigo HB4 da empresa Bioceres para o cultivo no Brasil.  A justificativa para a aprovação é que as  variedades de trigo transgênico foram desenvolvidas para, serem resistentes a pragas e doenças e, irão  contribuir para aumentar a produtividade das lavouras. 

Na opinião de produtores agroecológicos, a medida é perigosa, porque tecnicamente, pode colocar em risco  espécies não transgênicas.  Segundo produtores contrários a ideia de sementes modificadas, uma espécie de trigo transgênica pode polinizar, pelo ar, espécies não transgênicas, afetando sua composição genética. 

Pensando nisso, representantes de vários segmentos da sociedade civil, acionou o Conselho de Biossegurança para novamente avaliar a decisão. 

No Brasil, não é a primeira vez que o CTNBio aprovou a comercialização de variedades de trigo transgênico. Em 2021,  a biotecnologia desenvolvida na Argentina, dependia da liberação no Brasil, seu principal comprador de trigo que, concedeu a aprovação condicionada, mas apenas para importação da farinha.

Fonte: Agrolink