Produto de crédito de carbono é lançado
sexta-feira, junho 03, 2022
No próximo 5 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data instituída pela Organização das Nações Unidas – ONU, com o objetivo de chamar a atenção da população, para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais. Diante desse importante marco, a logtech goFlux anuncia o pré-lançamento de seu produto de crédito de carbono focado exclusivamente para o setor de transporte rodoviário de carga.
A ideia da empresa é que os embarcadores (que geram emissão de carbono nas suas operações de transportes) possam (zerar) as respectivas emissões, através da aquisição de créditos de carbono diretamente pela plataforma. O potencial do setor do transporte rodoviário de carga (TRC) é enorme. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT) operam neste segmento cerca de 266 mil empresas.
Por sua vez, o número de transportadores autônomos supera os 847 mil. Além disso, há 519 cooperativas de transporte rodoviário de cargas. Como resultado, a frota do setor é de 2,5 milhões de veículos, entre caminhões e implementos rodoviários. Ou seja, 70% a mais do que o registrado há 15 anos. “Os números comprovam o tamanho desse mercado e o quanto é importante pensarmos em alternativas de reduzir o impacto das emissões de CO2”, diz Patricia Gagliardi, Head Novos Negócios e Inovação da goFlux.
A nova solução da logtech estará disponível a todos os clientes da plataforma, ou seja, para embarcadores e transportadoras. A ferramenta funcionará de forma simples. Ela contará com um simulador, no qual possibilitará ao cliente fazer o cálculo da pegada de carbono diretamente lá, ou seja, ele indicará o início e o final do trecho que será feito o transporte da carga.
A plataforma, por meio de uma espécie de calculadora digital, vai mensurar o quanto foi gerado de CO2 do ponto A ao B. Automaticamente sairá o resultado com o quanto é necessário para que faça essa compensação das emissões desse frete. Segundo Patrícia, a proposta do novo produto é inclusiva, para que toda a cadeia logística seja beneficiada“. Os créditos poderão ser compensados de uma maneira simples e rápida no momento da contratação do frete”, reforça.
Além disso, é importante destacar que o produto será composto por uma cesta constituída de créditos advindos da produção de energia renovável e créditos de florestas. “A nossa expectativa é compensar 25% ao ano, do que está sendo emitido de CO2, dentro da plataforma goFlux”, destaca a profissional.
Dados do mercado
Recentemente o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante a plenária de abertura do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, anunciou a regulamentação do carbono. A medida amplamente esperada delimita como será o funcionamento do mercado, incluindo fluxos e mecanismos de controle. Com isso, os atores envolvidos contam com maior segurança jurídica para as negociações, com um sistema de certificação e controle das vendas, que impede práticas como a dupla contagem.
Segundo o Ministro, o mercado regulado responde pela maior fatia do carbono negociado no mundo, com um volume estimado em torno de US$ 832 bilhões, no último ano. O potencial do Brasil é enorme, até 2030, o país pode gerar até R$ 100 bilhões em receitas com créditos de carbono apenas nos setores do agronegócio, florestas e energia, segundo projeção da WayCarbon e da International Chamber of Commerce Brasil. Isso atenderia entre 2% a 22% do mercado regulado global.
Assim como no Brasil, o assunto também tem agitado diversos países pelo mundo todo. No ano passado, os mercados globais de carbono ultrapassaram 750 bilhões de euros (US$ 850 bilhões) em transações. Quase tudo isso aconteceu nos chamados mercados de conformidade, onde as leis exigem que os grandes emissores de gases de efeito estufa comprem licenças ou créditos.
A demanda voluntária do mercado hoje por compensações de carbono é de 127 milhões de toneladas, um número que pode crescer para pelo menos 3,4 bilhões de toneladas ou até 6,8 bilhões de toneladas até meados do século. Considerando que as emissões globais hoje são pouco mais de 51 bilhões de toneladas por ano, as compensações podem ser uma parte significativa da descarbonização profunda da economia global.
Fonte: Agrolink
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