Azeite brasileiro é premiado como um dos melhores do mundo
segunda-feira, maio 30, 2022
A marca conquistou o título de melhor azeite do Hemisfério Sul.
Segundo as regras da competição, dois hemisférios diferentes não podem disputar entre si.
Essa foi a primeira vez que a marca Milonga participou do concurso. “É a primeira vez que colocamos nossos azeites em concursos. Isso prova o quanto nossos azeites são especiais!” escreveu a marca no Instagram.
A marca também recebeu a medalha de ouro no corte Arbequina/Coratina e prata no Koroneiki. “Nós sabíamos da qualidade dos nossos produtos e que poderia sim ser classificados entre os melhores do mundo, mas ganhar a premiação máxima do EVO IOOC Itália na primeira participação realmente foi algo inesperado”, disse a marca.
Segundo Christian Vogt sommellier, um dos sócios da empresa, o prêmio comprova que o Brasil tem foco em produzir azeites de alta qualidade está entrando no mapa de países com potencial para exportação, uma vez que, ainda pequena, a olivicultura está crescendo rapidamente e está focada na alta qualidade.
Sobre o azeite Milonga
O produto é produzido na cidade de Triunfo, que fica no Rio Grande do Sul, e tem forte influência uruguaia e argentina, como diz a descrição da marca em seu site.
A marca existe desde 2019 e apenas quatro anos após seu lançamento, conquistou a competição de azeite de oliva mais importante mundialmente.
O nome Milonga é um tipo de poema e música na tradição gaúcha e vem de origem africana, plural de mulonga, que significa “palavra”.
A Milonga é, geralmente, uma música escrita com andamentos lentos e suaves.
O termo milonga é comum a Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, inexistindo no resto do Brasil. Há teses para sua origem rio-grandense, sua origem argentina e sua origem uruguaia, assim como sua ascendência que é desconhecida.
Hoje a milonga surge como elemento integrador da cultura musical entre os três países.
Produção do azeite
Segundo a marca o seu grande diferencial é acertar o ponto de maturação da azeitona, onde embora haja um rendimento muito menor, gera um produto com muito mais aromas e voláteis resultando num azeite de alta qualidade.
Além disso, o cuidado com o solo através de adubação orgânica faz o azeite ter maior estabilidade e aromas.
Outro diferencial é o processamento em baixas temperaturas para não perder os voláteis e sem exposição à luz e ao ar.
Todo o processo do campo e da agroindústria é acompanhado por sommelier e agrônomo sendo um grande diferencial.
Quanto a venda do azeite, atualmente é apenas vendido no site da marca e em pequenos mercados do Rio Grande do Sul.
Questionados sobre a expansão da marca pelo Brasil, Vogt diz que o pomar ainda é jovem e atingiu a produção de 80 toneladas de azeitonas em 2022 e espera gradualmente crescer até 200 toneladas em 2027. A marca ainda tem buscado cada vez mais parceiros fora do estado, bem como consultoria gastronômica para utilização dos produtos dentro da culinária brasileira.
EVO IOOC Italy
O concurso foi fundado em 2016 e teve em 2022, sua sétima edição.
O prêmio tem como objetivo promover e prestigiar os azeites de melhor qualidade do mundo e só permite que marcas participem se souber a origem e rastreabilidade.
A premiação acontece a cada um ano e os prêmios são disputados por hemisférios, onde o hemisfério norte não compete contra o sul.
Brasil no prêmio
Em 2021, outro azeite brasileiro já havia conquistado o prêmio de melhor azeite de oliva do Hemisfério Sul. O azeite de oliva da Estância das Oliveiras foi o premiado da vez.
Este ano, além do Milonga, o azeite Sabiá Arbequina de São Paulo, saiu como melhor azeite de oliva da América do Sul.
“É a safra de 2022 do @azeitesabia fazendo bonito”, escreveu o Instagram da marca.
Já o Orfeu, também de São Paulo, saiu com o prêmio de melhor do Brasil.
Fonte: Canal Rural
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