O presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Fabiano Miranda, recebeu nessa quarta-feira, 13, em seu gabinete, o consultor da Organização Não Governamental (ONG) Mãos que Plantam, Peter Oliveira. A visita teve como finalidade buscar apoio institucional para expandir o Projeto Macaúba na área da Amazônia Legal, visando ao plantio e ao extrativismo da palmeira como alternativa sustentável à agricultura familiar.

Segundo o consultor, o projeto vai receber mais de R$ 500 milhões em investimento para os próximos dez anos, principalmente pelo Banco Mundial e por instituições europeias, sendo que já está despertando o interesse também de grandes organizações interessadas em investir nele. “Essa é uma oportunidade para a agricultura familiar, com foco em fomentar o plantio da macaúba, seja sem sistema agroflorestal ou Silvipastoril. Para isso, vamos precisar muito do apoio do Ruraltins”, explicou o consultor.

Nesta parceria com a agricultura familiar, a ONG assumiria os investimentos necessários para o plantio da macaúba, enquanto que o produtor entraria com a terra e a mão de obra para o replantio e os tratos culturais.

Atento à proposta, o gestor Fabiano Miranda, acompanhando do diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Marco Aurélio Gonçalves, afirmou que esse projeto é uma oportunidade para expandir o trabalho do órgão e implantar um sistema agroflorestal ou Silvipastoril, como uma dinâmica entre as atividades agropecuárias.

“É mais uma oportunidade de trabalho e renda ao produtor rural. Nós vemos com bons olhos a proposta de oportunizar essa cultura aqui no Tocantins, visto que ela é uma cultura perene, onde se faz a extração dos frutos e não da madeira. Então a gente vê como uma oportunidade de diversificar e minimizar as atividades agropecuárias dentro da propriedade”, frisou o diretor Marco Aurélio.

Ao final do encontro, ficou acordado que a ONG vai elaborar uma proposta de parceria, que será apresentada e analisada para que seja definida qual a contrapartida do órgão rural. “Há interesse, porém é necessário levantar e avaliar os recursos a serem empregados na execução desse projeto. Depois de apresentado, vamos fazer a nossa contraproposta da forma que fique viável a sua execução”, frisou Fabiano Miranda.

O Projeto Macaúba é desenvolvido pela Inocas – Soluções em Meio Ambiente, startup que produz óleo vegetal sustentável de macaúba, e agora, no Tocantins, vai contar com a parceria da ONG Mãos que Plantam para expandir a área de plantio. A ONG já desenvolve os projetos Reflorestar, Baru Brasil e Pequi do Cerrado.

O projeto-piloto da Inocas está localizado na região do bioma Cerrado no Alto Paranaíba, Minas Gerais.

Fonte: Cenário Rural