Lítio recuperado de baterias vira catalisador para produção de biodiesel
quarta-feira, setembro 02, 2020
Além de reduzir a poluição do ar, muito em breve a indústria de biodiesel poderá dar uma mão também com uma outra questão ambiental urgente: montanhas de lixo eletrônico que vem se acumulando mundo afora. Um grupo de cientistas do Centro Universitário Faesa vem pesquisando o aproveitamento de lítio recuperado de baterias para a produção de um novo tipo de catalisador para as usinas de biodiesel.
Liderado pelo pesquisador visitante do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo e professor do Centro Universitário Faesa, Gilberto Maia Brito, o projeto iniciou com a adição de 5% de hidróxido de lítico à catalisadores convencionais – foram testados hidróxidos de potássio e de sódio – para averiguar se o metal teria algum efeito negativo na qualidade final do biocombustível. O resultado foi um sucesso. “Tivemos um rendimento de 90% nas reações, o que é muito bom”, explica acrescendo que a pesquisa mediu a qualidade dos produtos finais usando uma nova técnica chamada ressonância magnética nuclear.
De acordo com o pesquisador, o novo catalisador apresenta pelo menos uma vantagem bem-vinda em relação às tecnologias convencionais. Ele acelera a separação entre a glicerina e o biodiesel. Embora não fosse o alvo original do estudo – que estava preocupado com o rendimento da reação e a qualidade final dos produtos –, nos testes feitos em escala de bancada pela equipe a separação entre o biodiesel e a glicerina produzidos caiu 6h para aproximadamente 2h. “O tempo para a separação entre biodiesel e glicerina é justamente um dos maiores gargalos para a produção industrial, uma usina poderia ganhar bastante produtividade”, anima-se Gilberto.
Além de reduzir a poluição do ar, muito em breve a indústria de biodiesel poderá dar uma mão também com uma outra questão ambiental urgente: montanhas de lixo eletrônico que vem se acumulando mundo afora. Um grupo de cientistas do Centro Universitário Faesa vem pesquisando o aproveitamento de lítio recuperado de baterias para a produção de um novo tipo de catalisador para as usinas de biodiesel.
Liderado pelo pesquisador visitante do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo e professor do Centro Universitário Faesa, Gilberto Maia Brito, o projeto iniciou com a adição de 5% de hidróxido de lítico à catalisadores convencionais – foram testados hidróxidos de potássio e de sódio – para averiguar se o metal teria algum efeito negativo na qualidade final do biocombustível. O resultado foi um sucesso. “Tivemos um rendimento de 90% nas reações, o que é muito bom”, explica acrescendo que a pesquisa mediu a qualidade dos produtos finais usando uma nova técnica chamada ressonância magnética nuclear.
De acordo com o pesquisador, o novo catalisador apresenta pelo menos uma vantagem bem-vinda em relação às tecnologias convencionais. Ele acelera a separação entre a glicerina e o biodiesel. Embora não fosse o alvo original do estudo – que estava preocupado com o rendimento da reação e a qualidade final dos produtos –, nos testes feitos em escala de bancada pela equipe a separação entre o biodiesel e a glicerina produzidos caiu 6h para aproximadamente 2h. “O tempo para a separação entre biodiesel e glicerina é justamente um dos maiores gargalos para a produção industrial, uma usina poderia ganhar bastante produtividade”, anima-se Gilberto.
Reciclagem
No modelo imaginado pelos pesquisadores, o lítio usado na fabricação de catalisadores viria da reciclagem de baterias descartadas. “Seria uma forma de recuperar pelo menos uma parte desse material que está sendo descartado de forma pouco adequada”, diz.
Como uma bateria típica de notebook tem menos de 5 gramas de lítio. Com 5,9 bilhões de litros de biodiesel fabricados no país apenas no ano passado, a demanda do setor por catalisadores permitiria dar destino a uma quantidade considerável desse material ajudando ainda na recuperação de outros materiais como cobalto e o cádmio.
Nanotecnologia
Os resultados dessa primeira pesquisa com catalisadores à base de lítio publicados no final de do mês passado no Journal of Renewable and Sustainable Energy, Gilberto se prepara para aprofundar o trabalho com a produção de catalisadores nanoestruturados de lítio. “Escrevi um projeto que foi aprovado pela Fapes. Estados só esperando o final da pandemia para começarmos a trabalhar”, diz.
Nessa nova etapa, os catalisadores já seriam totalmente a base de lítio e o interesse vai além da produção de biodiesel. “Nanocatalisadores heterogêneos têm obtido muito destaque na produção de bioprodutos. Estamos olhando o biodiesel, mas, também, outras moléculas”, encerra.
A integra do estudo pode ser acessada clicando aqui.
Fonte: Biodiesel.BR
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