Produção e caracterização de qualidade do biodiesel produzido a partir da polpa de coco verde
quinta-feira, agosto 27, 2020
Autores: Djordy Bryam Bramé (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, Campus Matão, djordybryam@gmail.com), Aristeu Gomes Tininis (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, Campus Matão, aristeu@ifsp.edu.br), Lidiane Gaspareto Felippe (Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, Campus Matão, lidiane.felippe@ifsp.edu.br), Claudia Regina Cançado Sgorlon Tininis (IFSP – Campus Matão, sgorlonif@ifsp.edu.br)
Resumo: O Brasil conta com cerca de 280 mil hectares de área plantada de coqueiro (Cocos nucifera), tendo produzido em 2010 cerca 1,9 bilhão de unidades de coco verde. Desta imensa quantidade de coco verde produzido/consumido temos que, de 70 a 90% de sua massa corresponde à sua fisiologia fibrosa (Epicarpo, mesocarpo e endocarpo), sendo assim, a água propriamente dita, consumida principalmente nos litorais do Brasil, correspondente a pouco mais de 10 a 30%, isso faz com que boa parte deste material fibroso seja destinado a pilhas gigantescas de coco em aterros sanitários e lixões, causando uma série de problemas ambientais e fitossanitários, uma vez que apresenta tempo de degradação em torno de 8 a 10 anos. Em alguns casos são utilizados para confecção de solados, xaxins, decorativos, cosméticos, dentre outros, porém apresentam-se pouco significativos ainda hoje em relação à quantidade em toneladas deste “resíduo” gerado anualmente ALEGRIA, A. ARRIBA, M. J. R. CUELLAR, J. APPL CATAL, 2012).
O Biodiesel obtido a partir do óleo de coco verde, apesar de mais difícil de se obter (a partir da polpa), apresenta grandes vantagens, tanto ambientais quanto físicoquímicas (ALMEIDA, T. M., 2013), sendo possível sua utilização em conjunto ao biodiesel de soja, através de blendas, contribuindo para a redução de parte do resíduo citado anteriormente e ainda atribuindo valor novamente à este coproduto gerado pelo comércio de bebidas BRAMÉ, D. B, 2018).
A produção e utilização do biodiesel hoje como combustível alternativo aos convencionais, de origem fóssil, vêm se tornando cada vez mais evidente no Brasil e no mundo, devido a incentivos governamentais de consumo deste no âmbito nacional, sendo introduzido juntamento ao Diesel em concentrações de aumento gradual ao longo dos anos. Este é apresentado como uma interessante alternativa energética, devido sua grande semelhança ao Diesel convencional (MENDOW, G. VEIZAGA, N.S. SÁNCHEZ, B.S. QUERINI, C.A., 2019).
O biodiesel apresenta pontos bastante positivos em relação ao Diesel e outros nem tanto, como é o caso da sua fácil degradação, na presença de umidade, calor, presença de radicais livres entre outros, porém dos pontos positivos podemos citar sua ótima capacidade de lubrificação dos componentes internos do motor e emissão de menores concentrações de poluentes e ser de origem renovável (RAMOS, L. P.; SILVA, F. R.; MANGRICH, A. S.; CORDEIRO, C. S, 2011).
O objetivo deste projeto foi a utilização de parte deste resíduo gerado, mais especificamente a polpa do coco e seu óleo, com análises de densidade e estabilidade.
Trabalho completo: 7° Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia e Inovação de Biodiesel, p. 135
Fonte: Ubrabio
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