Soja bate R$ 115 no porto de Rio Grande, seguindo dólar e Chicago
quarta-feira, maio 13, 2020
Os preços da soja voltaram a subir nas principais praças de comercialização do Brasil ontem, terça-feira, 12, de acordo com a consultoria Safras. “A alta do dólar e a valorização de Chicago sustentaram os referenciais internos”, informa.
Houve negócios, mas em volume moderado. A consultoria estima que 300 mil toneladas trocaram de mãos. “O produtor, que negociou bem, está retraído e aguardando por cotações ainda melhores, o que limitou a comercialização”, diz. Destaque para o bom volume de negócios antecipados, já para 2021.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 108,50 para R$ 109. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 107,50 para R$ 108,50. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 113,50 para R$ 115.
Em Cascavel (PR), o preço subiu de R$ 105,50 para R$ 107,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 112,50 para R$ 114.
Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 99 para R$ 101. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 92 para R$ 93. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 98,50 para R$ 99.
Mercado internacional
A soja fechou esta segunda-feira, 11, com preços mais altos na Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras, o mercado chegou a bater no maior patamar desde 13 de abril, impulsionado pela perspectiva de aumento na demanda chinesa pelo produto dos Estados Unidos. Ao longo do dia, no entanto, a alta foi reduzida e os contratos encerraram abaixo das máximas do dia.
“A queda do petróleo, os resultados abaixo do esperado das inspeções de exportação e um posicionamento de carteira frente ao relatório de amanhã do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) limitaram a elevação”, informa a consultoria.
Exportações
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 496.498 toneladas na semana encerrada no dia 7 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. Analistas esperavam o número em 525 mil toneladas.
Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 380.981 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 546.866 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1º de setembro, as inspeções estão em 34.361.731 toneladas, contra 32.689.164 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
O que esperar do relatório do USDA
O departamento deve indicar safra de soja dos Estados Unidos em 2020/2021 acima da prevista na temporada anterior.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,120 bilhões de bushels (112 milhões de toneladas). Na temporada passada, a safra ficou em 3,558 bilhões de bushels (96,8 milhões de toneladas).
Para os estoques de passagem, a aposta é de 452 milhões de bushels (12,3 milhões de toneladas) para 2020/21. Para 2019/20, o USDA deverá elevar sua previsão para 501 milhões de bushels (13,6 milhões de tonelada).
A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 104 milhões de toneladas. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a sua estimativa de 100,5 milhões para 100,1 milhões de toneladas.
A safra brasileira em 2019/20 deverá ter sua previsão cortada de 124,5 milhões para 123 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ter projeção reduzida de 52 milhões para 51 milhões de toneladas.
Mercado futuro
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 4,50 centavos ou 0,52% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,55 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,55 por bushel, com ganho de 3,75 centavos ou 0,44%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 0,50 ou 0,17% a US$ 290,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 26,49 centavos de dólar, baixa de 0,05 centavo ou 0,18% na comparação com o fechamento anterior.
Fonte: Canal Rural
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