Parceria MCTIC e CNI para inovação
sexta-feira, maio 29, 2020
Nagi Digital selecionará 15 entidades. Objetivo é estruturar rede de gestão da inovação para a transformação digital do setor produtivo, ainda mais acelerada em meio à pandemia.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) abriram chamada para selecionar instituições interessadas em aperfeiçoar metodologias de gestão da inovação (GI) com foco na transformação digital do setor produtivo. O projeto, realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai selecionar até 15 entidades. Além do investimento inicial alocado na seleção e alinhamento conceitual das entidades participantes, foi aprovado recurso para a segunda fase do projeto, a fim de que as instituições realizem um projeto-piloto em empresas.
As inscrições para a chamada do programa Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação para Transformação Digital do setor produtivo, conhecido como Nagi Digital, poderão ser feitas no site do projeto, a partir de segunda-feira (25).
De acordo com a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, o objetivo da parceria é capacitar instituições com expertise em gestão da inovação para serem propagadoras de métodos inovadores com maturidade tecnológica. "A crise mundial provocada pela pandemia do coronavírus está acelerando a transformação digital em curso, trazendo novas respostas e soluções, inclusive de negócios", afirma Gianna Sagazio.
"A pandemia acelerou a transformação digital, trazendo novas respostas, inclusive de negócios", avalia Gianna Sagazio, da CNI
"Para que isso seja possível, é necessário que as organizações redefinam suas estratégias, incorporando a tecnologia como elemento chave dos negócios e integrando as operações e o capital humano em processos digitais", acrescenta a diretora da CNI.
Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, Paulo Alvim, é incontestável que a inovação tecnológica trouxe novos paradigmas para o desenvovimento dos estados e nações, e passará necessariamente pela 4ª revolução industrial, que traz em seu cerne a cultura da interconectividade, interoperabilidade e integração. "Isto envolverá não apenas uma, mas um conjunto de tecnologias habilitadoras como, inteligência artificial, internet das coisas, big data, computação em nuvem e outras", destaca.
Paulo Alvim observa que as políticas públicas serão fortes aliadas no processo de contribuição e estímulo para que as empresas se preparem para essa nova realidade. "O projeto Nagi Digital representa um grande avanço neste sentido, desenvolvendo ações para que as empresas se insiram neste contexto de transformação digital, através da adoção de processos sistemáticos de inovação", pontua.
"Isto não deve ocorrer de forma isolada, mas dentro de uma evolução contínua e eficiente de gestão da inovação visando o aumento da produtividade e da competitividade da indústria nacional, e sua inserção no ecossistema da transformação digital", completa o secretário do MCTIC.
Transição para a transformação digital e o ambiente da Indústria 4.0
A escolha das instituições ficará a cargo do Comitê de Avaliação e Acompanhamento, formado por representantes da CNI, MCTIC, CNPq, Finep e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e por especialistas convidados. De acordo com o edital, as entidades selecionadas passarão por uma etapa de alinhamento conceitual e de harmonização de metodologias de GI com foco no processo de transformação digital do setor produtivo das empresas, para sua transição ao ambiente da Indústria 4.0 e aumento de produtividade.
Na avaliação da CNI, a transformação digital e os impactos da Indústria 4.0 sobre a produtividade, a redução de custos, o controle do processo produtivo e a customização da produção apontam para uma transformação profunda nos negócios e nas plantas fabris. A CNI considera que a incipiência da política para promoção da Indústria 4.0 no Brasil limita a quantidade de instituições que contribuem significativamente para implementação de iniciativas de apoio à produção avançada no país.
"Mais que tecnologia, transformação digital tem a ver com cultura organizacional. A Rede Nagi Digital é uma iniciativa complementar, que visa à estruturação da Rede de Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação e ao nivelamento de conceitos para a adaptação de metodologias e ferramentas das instituições participantes, para a transformação digital do setor produtivo", destaca a diretora de Inovação da CNI.
Benefícios diretos para as instituições selecionadas
Entre as vantagens de participar da rede Nagi Digital estão a troca de informações e aprendizado com as demais instituições participantes do projeto; a validação da metodologia em GI para transformação digital e inserção no ecossistema da Indústria 4.0; a participação na harmonização de conceitos, boas práticas, indicadores e ferramentas em GI; e a disponibilização de recursos para a realização de projeto-piloto em empresas.
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