COVID-19: Com medidas de prevenção rígidas, setor de biodiesel continua trabalhando sem casos de contaminação
sexta-feira, maio 15, 2020
Desde março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o coronavírus como pandemia, as indústrias de biodiesel associadas à Ubrabio passaram por uma severa adaptação para continuar produzindo sem colocar em risco a saúde dos seus colaboradores. Quase dois meses depois, as empresas confirmam a ausência de casos de contaminação por Covid-19 em suas unidades.
Ao todo, são 14 unidades de produção de empresas associadas à Ubrabio, instaladas em oito estados brasileiros (RS, MT, SP, GO, TO, PR, BA, PI), livres de casos de coronavírus entre os trabalhadores.
Para o presidente da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, esse levantamento reflete a capacidade de adaptação do setor frente aos mais profundos desafios, conseguindo sustentar os pilares econômico, social e de sustentabilidade do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), mesmo diante de uma crise sem precedentes como a atual.
“O setor de biodiesel emprega cerca de 400 mil trabalhadores, todos eles estão tendo que passar por uma adaptação por, naturalmente, iniciativa das empresas, mas também por esforço dos próprios colaboradores, implementando medidas severas de isolamento, assepsia, boas práticas e uso de EPI’s. E é realmente admirável. Na nossa empresa, nós temos 2 mil colaboradores diretos e nenhuma história de contaminação por coronavírus”, conta Ferrés, que também é diretor industrial da Granol.
A lista de medidas adotadas é extensa. Desde a distribuição de informativos internos e produção de cartilhas com informações para prevenção e controle até a medição de temperatura de todos os colaboradores na entrada e saída das unidades de produção, as empresas também instalaram comitês de gestão de crise para acompanhar e administrar a situação dentro das indústrias.
Ferrés destaca ainda que o setor é um bom exemplo para a grande discussão instalada hoje no país, sobre a flexibilização das medidas de isolamento.
“É extremamente importante essa discussão porque se amplia para o debate instalado no país: da flexibilidade e necessidade de preservar o distanciamento social para que a crise não aumente ainda mais os estragos que já são monumentais. A grande questão é que precisamos entrar na especificidade de cada situação, o que pode ser feito e qual o grau de resultado esperado no sentido da preservação de não haver contágio. Isso passa por recursos, por disciplina e pelo uso da ciência. À medida que as cadeias de valor vão mostrando que conseguem dominar isso, não há por que elas ficarem excluídas”.
Cuidado com o social
Além das medidas internas, as empresas também promovem ações nas comunidades em que estão inseridas. A Granol, por exemplo, doou glicerina para fabricação de álcool glicerinado 70%, para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que recebeu 400 kg de glicerina bidestilada USP (grau farmacêutico), e para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que recebeu 100 kg.
Já a Biopar forneceu álcool 70% para os funcionários levarem para casa e não restringirem os cuidados apenas ao ambiente de trabalho. A Bianchini, por sua vez, promoveu doações de roupas de cama, colchões hospitalares, mantas térmicas, máscaras e água sanitária para hospitais e Defesa Civil de Canoas e do Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
Fonte: Ubrabio
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