Pesquisas continuam firmes no Instituto da Secretaria de Agricultura com nascimento de 12 bezerros
segunda-feira, março 30, 2020
Instituto de Zootecnia (IZ/APTA) mantém ativa as atividades essenciais
da pesquisa para não afetar resultados e prazos em andamento, além de manter a
alimentação do gado leiteiro do Centro de Pesquisa
Em meio à
quarentena e regras para isolamento do Covid-19, a ciência não pode parar. E na
pesquisa científica não é diferente quando se trata de produção animal, pois
novas vidas chegam a qualquer momento. A Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo traçou diretrizes para colaborar com o
andamento dos trabalhos essenciais para não interromper a pesquisa científica
dos Institutos. No Instituto de Zootecnia (IZ/APTA), nesta primeira semana,
nasceram 12 bezerros dos quase 60 partos previstos para ocorrer no Centro de
Pesquisa de Bovinos de Leite, na unidade de Nova Odessa (SP), neste primeiro
semestre.
Por se tratar de rebanho
experimental, os animais estão sincronizados com o calendário de execução dos
projetos de pesquisa. Para o ano de 2020, a época de parto iniciou em 15 de março e vai até final de abril, explicou o diretor do Centro
de Pesquisa, pesquisador Luiz Carlos Roma Junior. “Por ser uma fazenda de
pesquisa, os animais foram preparados para concentrar os partos em uma mesma
época e, assim, garantir animais mais homogêneas para realização de pesquisas
para o produtor rural, em termos de produção, idade e manejo”, disse.
“Atualmente
estamos com 50 vacas em lactação, em duas ordenhas diárias, com número reduzido
de funcionários apenas garantindo a alimentação de todos os animais, ordenha
completa e também a execução de projetos em andamento no campo. Todas as ações
em andamento são essências e de natureza continua, não podendo ser
interrompidas nenhum dia.”, enfatiza Roma.
A equipe de
funcionários do IZ tem trabalhado para garantir a produção de leite das vacas
do Centro de Pesquisa de Bovinos de Leite, mas também para a produção de
volumoso para a alimentação do rebanho experimental ao longo do ano. Serão
produzidas, ainda neste mês, 1,4 toneladas de silagem. “Os servidores que
puderam permanecer em atividade já produziram aproximadamente 800 toneladas. O
material, colhido no campo, triturado e compactado no silo, manterá a
alimentação dos animais durante a estação do inverno, época que os pastos ficam
mais escassos, bem como garantirá execução de experimentos que necessitem do
uso deste tipo de alimentação”, destaca Roma.
Por coincidência
os partos estão ocorrendo nesta época da pandemia do Covid-19 e não tem como
parar, destaca Roma, que ainda explica que “as vacas e bezerros estão recebendo
todos os cuidados durante e após o parto. E a ordenha não pode esperar, mesmo
reduzindo os diversos trabalhos de pesquisas no Centro”.
Pesquisa
Roma comenta que alguns
animais estão inseridos no projeto de pesquisa “Suplementação com fitoterápico
na fermentação ruminal, resposta imunológica, produção e qualidade do leite”,
que visa avaliar o efeito da inclusão de fitoterápicos na dieta de vacas em
lactação sobre a fermentação ruminal, resposta imunológica, produção e
qualidade do leite. O projeto contempla três etapas, sendo que atualmente se encontra
em execução a última fase.
Dentre os componentes do
leite que são avaliados pela indústria e monitorados pela legislação em vigor,
a contagem de células somáticas é o que tem sido considerada um dos maiores
desafios para a melhoria da qualidade do leite.
A preocupação com a contagem
de células somáticas está relacionada com a ocorrência de mastite, uso de
antibióticos para seu controle e diminuição da produção de leite, trazendo
prejuízo para a cadeia agroindustrial do leite.
Como resultado, espera-se que
o método alternativo reduza a contagem de células somáticas sem uso de
antibiótico por meio da utilização de fitoterápicos na dieta de vacas em
lactação.
É importante a abertura para
estudos nesta área de pesquisa, ao aliar fitoterápicos na dieta e qualidade do
leite, pois auxilia os produtores leiteiros, a agricultor familiar e até o
grande produtor – da produção orgânica até a convencional.
Fonte: Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo - Divulgação Institucional
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