Investimento em energia solar chega aos empreendimentos populares
sexta-feira, janeiro 03, 2020
O Brasil
é um dos países com maior potencial para geração de energia solar, mas ainda é
uma matriz energética pouco explorada no País.
De acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 2019, a energia solar corresponde a
apenas 1,3% da matriz elétrica brasileira, bem atrás da hídrica que corresponde
a 60,9%.
O País sequer fica entre os dez maiores investidores mundiais de
energia fotovoltaica, atrás, inclusive, de países que possuem menor incidência
solar, casos de Alemanha e Coreia do Sul.
Entre os
principais benefícios do uso da energia fotovoltaica está o fato de a energia ser
renovável e limpa, ou seja, utiliza recurso não esgotável (a radiação solar) e
não libera resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa.
Para
incentivar ainda mais a produção e o consumo dessa matriz energética, algumas
empresas têm apostado no crescimento desse tipo de energia. É o caso da MRV,
que desde 2017 inclui em seus lançamentos imobiliários, painéis fotovoltaicos
para a produção da energia solar. A expectativa da empresa é de que todas as
unidades habitacionais sejam lançadas com essa tecnologia.
De acordo
com o diretor de produção da MRV em Goiás, Raphael Paiva, o uso de painéis para
captação de energia fotovoltaica pode contribuir para a queda de até 85% da
conta de energia elétrica do condomínio residencial, como o caso do Gran Oásis,
empreendimento lançado em outubro em Goiânia. “Além de gerar mais economia para
o morador, a iniciativa contribui para reduzir os impactos na natureza e deixar
o condomínio ainda mais sustentável”, destaca Raphael.
A
tendência é que esse tipo de iniciativa tenha ainda mais adeptos com a
popularização da energia solar. Goiânia já figura entre as dez cidades
brasileiras com maior potência instalada com 9,6 megawatts, o que corresponde a
0,8% do valor entre todas as cidades brasileiras, segundo dados da Aneel e da
Absolar. Goiás ainda tem posição geográfica privilegiada, recebendo cerca de 7
horas de insolação diária, uma das maiores taxas do País, segundo o Atlas
Solarimétrico do Brasil.
Em Goiás,
a MRV já conta com cinco empreendimentos preparados para o uso da energia solar
em Goiânia. Outros cinco residenciais também contarão com o uso dessa energia,
sendo três em Anápolis e dois em Valparaíso de Goiás.
Nos empreendimentos
prontos em todo o País, os empreendimentos da MRV com painéis solares
fotovoltaicos já geraram mais de 1.700.000 KWh em mais de 2500 unidades
habitacionais já entregues com sistema de energia renovável,. A produção
resultou uma economia de aproximadamente R$ 980 mil, impactando mais de 8 mil
pessoas. “A entrega de um empreendimento com energia solar aumenta o valor
agregado e cria diferencial de mercado”, detalha Raphael.
Funcionamento
da usina solar
Os
painéis fotovoltaicos, responsáveis por captar a radiação do sol, são
instalados nos telhados das torres e conectados a inversores que transmitem a
energia solar para as áreas comuns dos condomínios. O excedente da energia
gerada ainda é disponibilizada para a rede de distribuição local, o que gera
descontos na conta de luz mensal.
Caso mais energia seja produzida do que
consumida, o crédito fica acumulado para os próximos meses. O sistema pode
gerar cerca de 80% da energia consumida nas áreas comuns e em alguns
apartamentos.
De acordo
com dados da Absolar de 2018, 77,4% da geração de energia solar no Brasil é
residencial, seguido por estabelecimentos de comércio e serviço, que respondem
por 16%. Consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), iluminação e serviço
público (2,3%) e prédios públicos (0,8%) completam a lista dos produtores de
energia solar no Brasil.
Fonte: Portal Surgiu
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