Usina Grupo Cereal terá capacidade para até 144 milhões de litros
terça-feira, outubro 08, 2019
Depois de muito tempo, o setor de biodiesel voltou a atrair sangue novo. Entre os novos entrantes do ramo está Grupo Cereal. De origem goiana, onde atua de comercialização, armazenamento e processamento de soja e outros grãos, o grupo industrial está construindo uma usina de biodiesel no município de Rio Verde (GO) – cerca de 230 km de Goiânia. A planta, que começou a ser construída em julho, terá capacidade para fabricar até 144 milhões de litros de biodiesel e deve entrar no mercado no segundo semestre de 2020.
É uma capacidade relativamente modesta para os padrões atuais do setor – a capacidade média das 50 usinas ativas do país se aproxima de 182,5 milhões de litros – que valeria ao grupo a 29ª posição do ranking nacional dos fabricantes. O investimento foi da ordem de R$ 50 milhões.
Mesmo não sendo de arregalar os olhos, a capacidade da usina do Grupo Cereal ajuda a completar o quadro do salto de crescimento que o setor está vivendo []. A unidade de Rio Verde era a única cuja capacidade produtiva aparecia como “não informada” entre as 8 que, segundo dados da ANP, estão em construção no país.
Caso sejam todos completados, esses projetos agregarão mais 1,6 bilhão de litros em capacidade produtiva nova ao setor. Sem ela, seriam 1,45 bilhão de litros.
Verticalizada
Embora ainda vá estrear na atividade de produção de biodiesel, o setor não é um totalmente estranho para o Grupo Cereal como o presidente do grupo empresarial, Adriano Jajah Barauna, contou à reportagem de BiodieselBR.com. Dono de uma planta de esmagamento com capacidade para processar até 3.000 toneladas ao dia de grãos, cerca de 60% do óleo fabricado pelo grupo é absorvido por usinas de biodiesel. “Na prática, não somos um entrante [no setor de biodiesel]. O Grupo Cereal está no ramo de cereais há quase 40 anos e no de esmagamento há quase 20 anos”, conta.
Segundo Adriano, foi a atuação no setor de esmagamento que levou à empresa a dar o passo seguinte e apostar também no biodiesel. “Estamos verticalizando mais
o negócio do grupo, transformando o óleo de soja em um produto mais nobre, que é o biodiesel”, pontua. A meta é que 100% do óleo fabricado pelo grupo – cerca de 400 toneladas por dia -- seja convertido em biocombustível.
A aprovação pelo CNPE para que a mistura obrigatória avance dos atuais 11% para 15% dentro dos próximos quatro anos foi o incentivo que faltava.
Fonte: biodieselbr
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