Além do Caju e do Pará: Conheça algumas castanhas nativas
terça-feira, outubro 08, 2019
As castanhas são um importante ingrediente na cozinha servindo como base para óleos, farinhas, podendo ser consumidas torradas, cozidas ou cruas, de acordo com a variedade. Elas também são excelentes alimentos para a dieta humana, pois em geral são uma boa fonte de vitaminas, mineiras e antioxidantes.
Algumas variedades de castanhas nativas são bem conhecidas e consagradas pelo grande público consumidor no Brasil. A maioria das pessoas já tiveram a oportunidade de comer uma castanha de caju torradinha e salgada em um happy hour, ou então usou uma castanha de caju para preparar uma granola ou até mesmo uma barrinha de nuts.
Essas duas variedades talvez sejam as mais conhecidas pelos brasileiros, no entanto, o nosso país possui outras castanhas que são importantes exemplares das riquezas dos nossos biomas, além de serem ingredientes com grande potencial para ser explorado.
Licuri
O licuri, originário da caatinga, mais presente entre o norte de Minas Gerais e parte central da Bahia, possui uma cor amarelada, que pode oscilar entre um alaranjado. Ele pode ser consumido verde, maduro, fresco ou tostado.
Por ter uma casca muito dura, as comunidades que vivem do licuri possuem a tradição de quebrá-las com uma pedra para extrair sua amêndoa.
Sua palmeira frutifica durante todo ano, possui cerca de 12 metros e pode desenvolver oito cachos em apenas uma safra, com cerca de 1300 frutos, o que dá em média um quilo de castanha.
Este produto pode ser utilizado como base para várias receitas, e a sua gordura pode ser extraída para fazer óleos vegetais, que possui propriedades nutricionais semelhantes ao óleo de coco.
Castanha de Pequi
Outra castanha que possui finalidades parecidas com o licuri, é a do pequi, um fruto encontrado com maior frequência no cerrado brasileiro. Esta oleaginosa pode ser usada no preparo de doces, salgados e pães, e possui muitos benefícios para a saúde, pois, além de ser rica em zinco e iodo, também contem cálcio, ferro e manganês.
A castanha do pequi é um pouco mais difícil de ser explorada comercialmente do que a polpa do fruto, pois espinho contido no alimento é difícil de ser extraído, podendo ser perigoso para a saúde do consumidor.
Por não haver exploração em larga escala, atualmente a castanha do pequi é conseguida somente por meio do extrativismo.
Sapucaia
A sapucaia possui vários nomes populares, como: cumbuca de macaco, caçamba do mato, marmita de macaco, etc. Ela é encontrada frequentemente entre os estados do Rio de Janeiro e do Ceará. No entanto, a árvore está cada vez menos presente nas florestas brasileiras, e a maioria delas estão em viveiros.
Devido a sua castanha doce e bastante aromática, a sapucaia pode ser utilizadas na elaboração de drinks, recheios para doces e salgados, e no preparo de barrinhas com frutas e oleaginosas.
Baru
O serrado também abriga outra iguaria que está sendo cada vez mais apreciada. Apesar do baru ser uma leguminosa, ele é apreciado como um aperitivo servido torrado, ou como base para outras receitas, principalmente bolos e doces. Um deles é a nutella de baru, que você pode aprender a fazer clicando aqui.
A frutificação da árvore ocorre nos períodos quentes do ano, mais especificamente entre os meses de outubro e janeiro. No Brasil, o baru é encontrado nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. No entanto, ele também está presente em outros países da América do Sul, como Bolívia, Peru e Paraguai.
O baru possui 20% de proteína, é rico em ômegas 6 e 9, além de possuir zinco e antioxidantes.
Fonte: Territórios Gastronômicos
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