Pesquisadores dos EUA refutam consciência das plantas
quarta-feira, julho 10, 2019
Apenas vertebrados, artrópodes e cefalópodes possuem a estrutura cerebral para a consciência
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, publicaram um artigo de opinião na revista 'Trends in Plant Science', no qual negam a teoria da consciência das plantas. Eles tiram essa conclusão da pesquisa de Todd Feinberg e Jon Mallatt, que explora a evolução da consciência através de estudos comparativos dos cérebros de animais simples e complexos.
"Feinberg e Mallatt concluíram que apenas vertebrados, artrópodes e cefalópodes possuem a estrutura cerebral liminar para a consciência", explicam. “E se há animais que não têm consciência, então você pode ter certeza de que as plantas, que não têm neurônios, também não têm ", completa Lincoln Taiz, professor emérito de biologia molecular, celular e de desenvolvimento da Universidade da Califórnia.
A questão de saber se as plantas podem pensar, aprender e escolher intencionalmente suas ações tem sido objeto de debate desde o estabelecimento da neurobiologia vegetal como um campo em 2006. Taiz foi signatário original de uma carta, também em 'Trends in Plant Science', argumentando contra a sugestão de que as plantas têm uma neurobiologia para estudar.
"O maior perigo de antropomorfizar as plantas na pesquisa é que isso prejudica a objetividade do pesquisador", diz Taiz. “O que temos visto é que plantas e animais desenvolveram estratégias de vida muito diferentes. O cérebro é um órgão muito caro e a planta não tem vantagem em ter um sistema nervoso altamente desenvolvido”, completa.
Os proponentes da neurobiologia das plantas estabelecem paralelos entre a sinalização elétrica em plantas e sistemas nervosos em animais. Mas Taiz e seus co-autores argumentam que os proponentes traçam este paralelo descrevendo o cérebro como algo não mais complexo que uma esponja. O modelo da consciência de Feinberg-Mallatt, em contraste, descreve um nível específico de complexidade organizacional do cérebro que é necessário para a experiência subjetiva.
Fonte: Agrolink
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