Estrutura genética e filogeografia molecular de populações naturais de Acrocomia aculeata nos estados de Minas Gerais e São Paulo
sexta-feira, julho 26, 2019
Autor: Luiz Cláudio Costa Silva
Resumo: A crescente procura mundial por fontes de energia renovável têm direcionado vários estudos com espécies oleaginosas, visando à produção de biodiesel. Dentre as várias espécies nativas com potencial para a produção de óleo, a macaúba (Arecaceae: Acrocomia aculeata (Jacq.) Lood. ex Mart.)) se destaca por seu grande potencial produtivo e menor demanda por água, além da perspectiva por geração de emprego e renda. Este trabalho teve por objetivo investigar a estrutura genética e os padrões filogeográficos de populações de Acrocomia aculeata, distribuídas nos Estados de Minas Gerais e São Paulo.
Os estudos foram realizados a partir da amostragem de 64 palmeiras distribuídas em sítios naturais de ocorrência da espécie, e por oito indivíduos de um Banco Ativo de Germoplasma, provenientes de palmeiras amostradas em diferentes estados. As 64 palmeiras foram genotipadas através de cinco marcas microssatélites (SSR) e 11 marcas ISSR, e foi realizado o sequenciamento da região ITS dos genes nucleares de RNA ribossomal, e do espaçador trnT-trnL de cpDNA de todos indivíduos. Os altos valores de índice de fixação encontrados indicam que a espécie possui sistema reprodutivo misto. Análises de agrupamento e AMOVA revelaram que existe um certo nível de estruturação genética, com relação aos locais de coleta, mas que a maior parte da variabilidade genética está dentro de grupos formados a priori. Apesar de aparentar abrigar sítios polimórficos, não foi possível realizar o completo alinhamento das sequências do espaçador trnT-trnL. O sequenciamento da região ITS gerou um fragmento de 667 bp, abrigando 4 sítios polimórficos, que diferenciaram 4 haplótipos. O baixo nível de polimorfismo encontrado sugere que a ocupação da área por A. aculeata foi recente.
Dois indivíduos localizados na região Nordeste e dois indivíduos localizados no sudoeste do Mato Grosso do Sul abrigaram metade da variabilidade haplotípica encontrada. Apesar de AMOVA indicar que a amostragem dentro de grupos é a mais indicada para a região amostrada, os dados gerados pelas sequencias ITS indicam que a amostragem em outras regiões, como Mato Grosso do Sul e região Nordeste, podem revelar níveis significativos de variabilidade genética.
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Fonte: Locus UFV
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