Energia da biomassa valoriza e já vale 49% mais
quarta-feira, julho 24, 2019
A venda de energia elétrica a partir da biomassa volta a ter boa remuneração. Depois de passar os meses de maio e junho em baixa, o valor médio do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) passou a registrar altas seguidas.
Empregado na venda de energia no mercado spot, o indicador PLD tem cotação semanal e entre os dias 20 a 26 de julho vale R$ 186,18. O montante corresponde à venda de um megawatt-hora (MWh).
Em termos comparativos, o valor atual é 6% acima do PLD da semana anterior, que valia R$ 175,04.
Já na média, o PLD de 20 a 26/07 subiu 49% ante os médios R$ 124,92 pelo MWh de período semelhantes de junho (dias 22 a 28).
Outra informação de destaque para o valor médio do PLD é que ele já supera o teto projetado para todo 2019.
Conforme estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apresentada em junho, esse teto para 2019 ficaria em R$ 172,68 o MWh na região Sudeste-Centro/Oeste. Essa região abriga a maioria das termelétricas movidas a biomassa.
Como está em R$ 186,18, o PLD atual supera o teto em 8%.
Ganho
Diante a situação, as termelétricas movidas a biomassa que vendem no spot (mercado livre) registram boa remuneração. Isso porque os ganhos chegam quando o MWh feito de biomassa é vendido acima de R$ 140.
Segundo apurado pelo “Energia Que Fala Com Você”, os R$ 140 representam os custos de uma térmica com produção, geração e distribuição da eletricidade.
Se uma térmica vendeu no spot com o atual PLD, registrou ganho de R$ 46,18, ou 33%
Por que o PLD voltou a subir de preço?
Em resumo, o indicador retomou valorização em razão de um motivo: a menor presença de água nos reservatórios das hidrelétricas.
A geração hidrelétrica responde por mais de 70% da oferta de eletricidade no País e menor afluência nos reservatórios reduz a produção.
A estiagem não é novidade nesse período de inverno, embora há registro de chuvas ‘fora de época’ em estados com hidrelétricas, caso de Pernambuco.
Para julho, por exemplo, era esperada uma média de 85% de afluências pela região Sudeste. Mas a CCEE estima que no geral não passará de 77%.
Fonte: Energia Que Fala Com Você
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