Braskem e Haldor Topsoe iniciam operação de unidade de demonstração para o desenvolvimento de MEG renovável
sexta-feira, fevereiro 08, 2019
Localizada na Dinamarca, espaço é fruto do acordo de cooperação tecnológica entre as empresas para pesquisa de rota pioneira de produção de monoetilenoglicol (MEG) a partir do açúcar. |
A Braskem e a Haldor Topsoe, líder mundial em catalisadores e tecnologia para as indústrias química e de refino, anunciam o comissionamento da unidade de demonstração pioneira no desenvolvimento de monoetilenoglicol (MEG) a partir do açúcar. O MEG é matéria-prima para o PET, resina amplamente utilizada nos setores têxtil e de embalagens, em especial para a fabricação de garrafas. Atualmente, o mercado global de MEG movimenta cerca de 25 bilhões de dólares. Localizada em Lyngby, na Dinamarca, a operação da planta piloto é a etapa decisiva para a confirmação da viabilidade técnica e econômica desse processo de produção de MEG renovável em escala industrial. O acordo de cooperação entre as empresas foi anunciado em 2017 e tem como foco o desenvolvimento de tecnologia capaz de converter o açúcar em MEG dentro de uma única unidade industrial, reduzindo o investimento inicial na produção e, assim, impulsionando a competitividade do processo.
“A Haldor Topsoe é líder mundial em soluções catalíticas e estamos determinados a manter essa posição também na área de energias renováveis. Por isso, estamos contentes por poder iniciar a próxima fase da validação da solução MOSAIK™ para a produção de MEG renovável em conjunto com a Braskem. Nosso objetivo é mostrar que as tecnologias catalíticas inovadoras podem tornar os produtos químicos a partir da biomassa uma opção comercialmente atraente”, afirma Kim Knudsen, vice-presidente executivo da Haldor Topsoe.
A partir de 2020, os clientes receberão amostras para testar em seus produtos. A unidade construída na Dinamarca possui capacidade anual de produção da ordem de centenas de toneladas de glicolaldeído, substância que é convertida em MEG. O objetivo é que a fábrica seja capaz de converter diferentes matérias-primas, como sacarose, dextrose e açúcares de segunda geração, em MEG. Atualmente o composto é feito a partir de origens fósseis, como nafta, gás ou carvão.
“O processo para desenvolvimento de MEG renovável em parceria com a Haldor Topsoe é um grande avanço em termos de competitividade para o PET Verde. Essa parceria fortalece nosso protagonismo e agrega valor ao nosso portfólio I’m green™, que já conta com o Polietileno Verde e o EVA Verde, ambos produzidos a partir da cana-de-açúcar. Ela também reforça nossa visão de utilizar biopolímeros como ferramenta de captura de carbono, contribuindo para a redução na emissão de gases do efeito estufa”, explica Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da Braskem.
Fonte: Felipe Vieira
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