Resíduos do coco da macaúba em substituição parcial ao milho e farelo de soja em rações para vacas mestiças lactantes
sexta-feira, janeiro 18, 2019
Imagem Divulgação |
Autor: Hugo Freitas Sobreira
Resumo: Avaliou-se a inclusão de componentes do coco da macaúba (Acrocomia aculeata) na ração fornecida aos animais na época seca quanto ao consumo alimentar e a produção e composição do leite. Foram realizados dois experimentos. No primeiro testou-se a casca do coco e o coco sem endocarpo substituindo nas quantidades de 0, 0,4; 0,8 e 1,2 kg a ração constituída por milho e soja, fornecendo o total de 2,5 kg diários. O concentrado era fornecido em partes iguais, às vacas no momento da ordenha, realizada duas vezes ao dia em partes iguais, e a silagem de milho uma vez, pela manhã. Oito vacas mestiças Holandês-Gir foram dispostas em dois quadrados latinos 4x4 (um para casca e outro para o coco sem endocarpo), com média de 11 kg de leite/dia. Foram coletadas amostras de leite e feitas pesagens da produção de leite e dos animais a cada término de período de avaliação de 10 dias. O experimento foi analisado seguindo o delineamento em quadrado latino, incluindo efeitos de tratamento (níveis), quadrado latino (fontes de macaúba), animal/quadrado latino e período/quadrado latino a 5% de probabilidade.
Os teores dos constituintes como massa seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e lignina apresentaram valores diferentes entre as rações porém na análise da produção diária em kg/dia dos constituintes do leite não foi verificado efeito significativo de tratamentos. Conclui-se que a casca do coco e o coco de macaúba, sem endocarpo, triturados, podem ser utilizados em até 1,2 kg/animal·dia, de um total de 2,5 kg de concentrado/vaca·dia, sem afetar o desempenho de vacas mestiças, com produção de 11 kg de leite/vaca·dia e recebendo silagem de milho como volumoso. No segundo experimento, foram testadas três rações isoprotéicas contendo 21% de proteína bruta. Ração 1 (65% de fubá de milho e 35% de farelo de soja), Ração 2 (26% de fubá de milho, 37% de farelo de soja e 37% de torta da polpa de macaúba) e Ração 3 (45% de fubá de milho, 20% de farelo de soja e 35% de torta da amêndoa de macaúba). O experimento foi conduzido sob confinamento na estação da seca com cana-de-açúcar e ureia. Utilizou-se seis vacas mestiças Holandês-Gir com peso de 520±40 kg, distribuídas em dois quadrados latinos (QL) 3 x 3 repetidos no tempo em seis períodos de 10 dias.
No 10º dia de cada período experimental, foram coletadas amostras de leite por animal para análise de composição. O concentrado foi fornecido no momento da ordenha, totalizando 2,5 kg/vaca·dia. O experimento foi analisado seguindo o delineamento em quadrado latino, incluindo efeitos de tratamento (níveis), quadrado latino (fontes de macaúba), animal/quadrado latino e período/quadrado latino a 5% de probabilidade. O consumo de matéria seca (MS) não diferiu entre as dietas (P>0,05), bem como o consumo de cana-de-açúcar com ureia.
O consumo de fibra em detergente neutro (CFDN) e extrato etéreo (CEE) foram maiores nos tratamentos que recebiam as rações que continham os subprodutos (torta da polpa e torta da amêndoa) por serem esses mais ricos nestes constituintes; porém, a produção de leite, os teores de gordura, proteína, lactose e extrato seco do leite não foram influenciados pelos tratamentos. Vacas com produção média de 11 kg de leite/dia alimentadas com concentrados contendo até 40% de torta de polpa ou torta da amêndoa da macaúba, não apresentaram prejuízo na produção de leite e nem perda de peso.
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Fonte: Locus UFV
2 comentários
Olá ,vi agora a matéria ,tenho muitas e muitas macaubeiras na fazenda , gostaria de saber como usá-las para o gado de corte , obrigado júnior Gomes
ResponderExcluirbom dia, também gostaria de solucionar a mesma dúvida!
ExcluirAgradecemos seu comentário! Volte sempre :)