Emater/RS-Ascar e grupo Caminho das Flores, Cores e Sabores aderem ao Programa Sementes do Banrisul
segunda-feira, janeiro 28, 2019
Ipiranga do Sul - Foto Divulgação Emater/RS-Ascar |
A Emater/RS-Ascar e o grupo Caminho das Flores, Cores e Sabores, em Ipiranga do Sul, receberam na quinta-feira (24) as sementes do Programa Sementes Banrisul. A entrega aconteceu na agência do Banrisul de Getúlio Vargas com a presença da extensionista rural social da Emater/RS-Ascar, Renata Bombana, das agricultoras Gessy Sbeghen e Tecla Salapata Pinheiro, representantes do grupo Caminho das Flores, de Cristiano Medeiros Zanatta e de Jorge Gobalchin, ambos do Banrisul, e do responsável pela Carteira Rural, Emerson Bernieri.
O Programa Sementes Banrisul visa orientar estilos de agricultura de base ecológica e estratégias de desenvolvimento rural sustentável nas comunidades onde o banco está inserido. Para isso, são distribuídas sementes agroecológicas de diversas espécies, como hortaliças, plantas ornamentais, forrageiras e grãos para projetos que valorizem a agricultura sustentável.
A Emater/RS Ascar em Ipiranga do Sul desenvolveu esse projeto em parceria com o grupo do turismo rural e o Banrisul desenvolvendo uma ação conjunta também com Clubes de Mães do município, além de beneficiários do Programa Socioassistencial e de famílias da agricultura familiar. O objetivo é alcançar o maior número possível de famílias com ações em Segurança e Soberania Alimentar, através da diversidade alimentar para o autoconsumo e eventual venda do excedente gerando novas fontes de renda.
A ação também faz parte do assessoramento às famílias para o acesso a políticas públicas e direitos sociais, possibilitando à inclusão social e produtiva. Ações como essa garantem novas formas de inclusão, a garantia de direitos, o desenvolvimento e a autonomia das famílias rurais, observa a extensionista Renata Bombana.
“Eu consegui incrementar mais produtividade na área, depois do projeto eu consegui colocar mais unidade animal por hectare”. Antes, a ocupação do gado era de 1,6 a 2 cabeças de gado por hectare. Agora, conta, a média é de 3,5. “Tem setor dentro da propriedade mais intensificado que trabalha com até 6 cabeças de gado por hectare”, comenta.
Além de reduzir a ocupação do gado, Renê aplicou, na propriedade, a técnica de integração agricultura pecuária, com objetivo de alimentar o gado. “A gente plantou o milho para fazer silagem para suplementar o gado na época da seca. Se você não tiver uma fonte alternativa para época da seca a propriedade não comporta”, explica.
Hoje, afirma, 100% da propriedade está com a pastagem recuperada. Renê abrigou o ABC Cerrado porque já era tradição, conta, a preservação ambiental. Antes do projeto, ele já havia implementado um processo de recuperação de nascentes na fazenda.
“Eu tenho um trabalho de recuperação de nascentes há mais de 20 anos, que é maravilhoso. O projeto ABC Cerrado fez a gente ser mais cuidadoso. A gente foi cuidando dos detalhes, hoje dentro daquilo que a gente pensa do meio ambiente, a gente está fazendo o trabalho de casa”, relata.
O projeto também ajudou o produtor a lidar com as mudanças climáticas, que provocaram, conta ele, instabilidade nas estações do ano. “Antes eram mais definidas as estações, a chuva e a seca. Há alguns anos está havendo instabilidade muito grande, a seca começa antes, as águas demoram para começar”, explica.
“O ano passado nós tivemos o privilégio da nossa propriedade ser escolhida para representar Mato Grosso do Sul no Banco Mundial. Nós recebemos a visita do Maurizzio, ele esteve na propriedade e ficou de queixo caído com a recuperação de nascente”, declara, orgulhoso.
Renê afirma que ao comprar a fazenda, anos atrás, as nascentes eram apenas erosões. “Eu identifiquei onde nascia e fui recuperando”. Hoje, com o ABC Cerrado, conseguiu incremento acima de 10% na produção e aumento de 50 a 60% no índice de produtividade.
Fonte: Jornal Boa Vista
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