União Europeia cortará 1/3 das emissões de poluentes até 2030
sexta-feira, dezembro 21, 2018
Consenso entre os 28 países do bloco no Parlamento Europeu em relação aos poluentes fixou meta de redução de 37,5% na emissão de gás carbônico
Trânsito de Paris |
Demorou, mas saiu. Depois de meses de intensa negociação, a União Européia finalmente estabeleceu uma meta comum a todos os países membros para a redução da emissão de poluentes por automóveis.
Em reunião no Parlamento Europeu, representantes dos 28 países membros estipularam um objetivo de reduzir as emissões em 37,5% para carros de passeio até 2030. A reunião teve nove horas de duração.
Foi também estabelecida uma meta intermediária, de reduzir as emissões em 15% até 2025.
Meta era reduzir poluentes em 40%
A diminuição dos níveis de poluentes na atmosfera ajudará os países europeus a alcançar os objetivos do Acordo de Paris. Esse tratado foi assinado em dezembro de 2015 por 195 países.
O acordo previa a implantação de diversas medidas para a redução da emissão de dióxido de carbono. Esse gás é um dos principais vilões do aquecimento global.
O tamanho da redução a ser buscada não foi uma unanimidade. Se a posição do próprio Parlamento era obter 40%, Holanda e França endossaram uma meta de 35%.
A Alemanha, por sua vez, queria apenas 30%. Isso porque o país teme que uma meta mais radical prejudicará sua indústria automotiva e custará corte de empregos.
Brasil deve mudar posição
O Brasil também é signatário desse compromisso. Mas o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já declarou que, sob o seu governo, o País deverá deixar de cumprir o acordo.
Nesse movimento de saída, Bolsonaro segue os passos do colega norte-americano Donald Trump, que ele admira abertamente. Capitaneado por Trump, os Estados Unidos anunciaram no ano passado que também vão abandonar o Acordo de Paris.
O presidente dos EUA vem, sistematicamente, bombardeando ações em prol da redução das emissões. Ele chegou, inclusive, a cogitar permitir a venda de carros ainda mais beberrões no país.
Testes fraudados
Enquanto os governos da Europa sinalizam com cortes nos níveis de emissões, surgem mais denúncias de fraudes de testes por montadoras. Um dos mais recentes envolve a Nissan.
A fabricante japonesa assumiu ter falsificado de resultados de testes de emissões de poluentes de pelo menos 19 modelos. Todos os veículos envolvidos foram produzidos no Japão.
Em 2017, várias marcas alemãs de veículos foram acusadas de criar um cartel para burlar os testes. Os automóveis são o principal produto de exportação do país.
Fonte: Estadão
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