O país anunciou o corte no uso de farelo de soja nas rações de gado, suínos e aves.
Os traders da China indicaram que a nova política de cortes de farelo de soja na ração animal do país irá diminuir o interesse chinês na importação da oleaginosa estrangeira. Isso porque, teoricamente, como o país irá utilizará menos soja para fabricar alimento para os animais, o consumo irá diminuir, aumentando os preços.
A China, que normalmente compra cerca de dois terços da soja comercializada globalmente para ajudar a alimentar seu enorme rebanho de gado, vem adotando medidas como a mudança para refeições alternativas e a redução dos níveis de proteína nos alimentos. A atitude chinesa veio para tentar equilibrar a balança com os Estados Unidos, segundo maior fornecedor de soja para os asiáticos, agora que ambos os países estão travando uma disputa comercial.
Além disso, de acordo com o Ministério da Agricultura, a Associação da Indústria de Rações da China aprovou nesta sexta-feira novos padrões para rações para suínos e frangos, diminuindo os níveis de proteína na ração de suínos em 1,5 pontos percentuais e os de frangos em um ponto percentual. O Ministério lembra que os padrões apresentados tanto pelo governo quanto pelas associações são apenas diretrizes e não regras, sendo assim, não se sabe ao certo quando entram em vigor.
Como essa época seria a de maior compra de soja da China nos Estados Unidos e os asiáticos compraram somente o necessário dos norte-americanos, o Brasil volta a ser o alvo da importação chinesa da oleaginosa. No entanto, as importações devem cair consideravelmente no último trimestre do ano, sendo a maior queda registrada desde 2006.
Fonte: AgroLink
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