Como combater pragas e doenças na agricultura de forma eficiente
segunda-feira, novembro 05, 2018
Reconhecido mundialmente por sua produção agrícola, no último ano o Brasil alcançou um rendimento de R$ 319,6 bilhões, segundo dados divulgados pelo IBGE.
O número expressivo dá o tom para começar a pensar sobre a importância de promover um controle eficiente de pragas e doenças na lavoura.
Afinal, quando uma plantação é acometida por elas, as chances de queda na oferta e no lucro são grandes.
Combater a sua expansão e consequente destruição da área cultivada são desafios para o agricultor.
Biologicamente, estes micro-organismos coexistem pacificamente; eles estão no solo, nas folhas e nos animais que fazem parte daquele habitat.
O problema está quando a plantação enfraquece ou se desequilibra biologicamente, pois ela se torna alvo para outros organismos oportunistas.
Entenda como funciona a sua lavoura
Para que a safra não seja perdida, é preciso se cercar de todos os cuidados para evitar este enfraquecimento. Contudo, é um erro pensar que o ataque deve ser feito em direção à origem do problema.
O que deve acontecer está pautado em solucionar o que causou o desequilíbrio e evitar que a praga continue se alastrando.
A plantação é um organismo vivo, com funcionamento sistemático, por isso entendê-la se faz parte importante da questão.
O produtor deve ser responsável no manejo
Um produtor rural lida com contratos, metas, tempo e quantidade de produção, dentre outras responsabilidades.
Para que todas sejam cumpridas e para que haja retorno em lucros, algumas práticas de campo devem ser aplicadas no plantio.
A interferência mecânica do homem no processo natural pode ter efeitos positivos quando pensada de maneira sustentável e com o apoio da ciência.
Entretanto, a intervenção humana dentro do organismo vivo da agricultura também pode ser prejudicial.
A contrarreação pode desequilibrar o sistema, causando uma produção exagerada de insetos, fungos, ácaros e bactérias. Estas pragas e doenças acabam com a plantação.
A questão é que este intrometimento pode ser benéfico sobremaneira, como podem ser o responsável pela destruição de uma safra.
Os cuidados com o uso de agrotóxicos
Ao pensar na importância de se combater as doenças e as pragas, diversas tecnologias químicas, biológicas e físicas foram desenvolvidas.
O mais comum é o controle através do uso de agrotóxicos nas culturas, espalhando sobre elas antibióticos e outros remédios.
Apesar de ser uma técnica eficiente, ela não atinge a fonte do desequilíbrio; ou seja, ela não evita que mais pragas possam surgir, pois estes compostos agem no que é pontual.
O uso de agrotóxicos, mesmo que seja a prática mais comum nas lavouras do Brasil, é um perigo real e constante.
Primeiro que por não atacar a causa, os efeitos tendem a voltar a aparecer. Então serão aplicadas mais doses dele, e nessa incidência se cria um círculo vicioso.
Outra questão é o quanto ele é danoso ao corpo humano, pois pode levar a morte se consumido em alta quantidade.
Um estudo recente da Humans Right Watch aponta que o brasileiro consome 7,5 quilos de agrotóxico por ano.
Como combater de forma eficiente as pragas e doenças?
A questão que fica é como encontrar a correta dinâmica para fazer um combate eficiente às pragas e doenças sem comprometer o sistema.
Afinal, a lavoura não pode ser perdida, o rendimento não pode ser comprometido e as práticas devem ser calculadas.
Para racionalizar todas estas questões, o agricultor precisa procurar conhecimento de técnicas e parcerias para realizar o manejo sustentável da lavoura.
Um ótimo começo está em reconhecer as principais pragas e doenças que estão atacando a cultura em questão.
A identificação de quais são organismos o leva a saber como tratar o cerne do desequilíbrio da plantação.
Assim, ele pode adotar práticas de incentivo a reprodução de principais inimigos naturais a eles, por exemplo.
Outra medida é criar condições ambientais desfavoráveis, que atrapalhem estas pragas a se multiplicarem.
Respeite a cadeia natural
Como já foi dito, dentro da área agrícola e assim como em toda natureza, há a regência de uma cadeia natural, de um sistema.
Alguns insetos, fungos e bactérias podem ser o principal agente de combate às pragas e as doenças. Isso acontece porque eles são os predadores naturais para estes outros organismos.
Existem práticas que podem ser adotadas para facilitar a sua atuação, tornando-se uma estratégia fundamental para este controle.
Também faz parte do processo de controle o monitoramento da presença das pragas através de amostragem destas populações.
Contar os ovos, as larvas e os organismos, bem como fazer vistoria constante das plantas cultivadas, são formas de supervisionar e ajustar.
Somente assim o produtor vai saber como agir caso aconteça algum dano, e esta é uma forma de se precaver.
Ter consciência da importância do controle de pragas e doenças é ter uma lavoura forte e saudável, que consequentemente gera lucros.
Esta averiguação e controle devem ser constantes, seja por um profissional agrícola ou por informações que podem ser obtidas no site da Embrapa, por exemplo.
Esta é uma responsabilidade do produtor com a sociedade e com os seus negócios.
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Fonte: AgComunica
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