Cientistas do mundo inteiro estão buscando alternativas para conseguir garantir a segurança alimentar e preencher a lacuna existente entre a oferta e a demanda causada pelo aumento da população. Isso porque dados do World Resources Institute estimam que no ano de 2050 o planeta abrigará 9,6 bilhões de pessoas.
De acordo com o professor do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Milton Lima Neto, as projeções são de 10 bilhões de pessoas no ano de 2100. “Com esse crescimento populacional, que se dará principalmente em países em desenvolvimento, ocorrerá um aumento do consumo e da demanda por água potável, fontes de energia sustentáveis e alimentos”, comenta.
“Neste contexto, é interessante levarmos em consideração que atualmente 2/3 das calorias ingeridas no mundo veem apenas de três culturas: arroz, trigo e milho. Em um estudo desenvolvido pela professora Alice Bows-Larkin, da University of Manchester, no Reino Unido, foi demonstrado que um aumento de 4oC na temperatura do planeta levará a uma queda de 40% na produtividade de trigo e milho e de 30% na produtividade de arroz”, explica.
Nesse cenário, é necessário que se aumente a produtividade em 70% para suprir a demanda de 9,6 bilhões de pessoas em 2050. “Se com atual cenário de aquecimento global são estimadas quedas preocupantes em nossa produção agrícola? Esse problema mundial já faz parte da agenda de desenvolvimento em diversos países e diversas frentes de estudo estão buscando respostas”, diz ele.
Um exemplo brasileiro é da própria Unesp, que possui um estudo para entender como plantas “rústicas” conseguem produzir e crescer em ambientes onde outras espécies não têm sucesso. “O objetivo é entender como essas plantas conseguem se manter produtivas em ambientes que possuem, durante grande parte do ano, condições de alta irradiância solar, seca e altas temperaturas”, finaliza.
Fonte: Agrolink
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