Agricultores dos Estados Unidos estão preparados para colher, pela primeira vez, 6.500 hectares de soja geneticamente modificada que produz um óleo mais saudável, com 80% de ácido oleico, 20% menos ácidos graxos saturados e zero de gordura trans. A variedade é desenvolvida pela empresa Calyxt, de Minessota, e será usada em molhos para saladas, barras de granola e óleo de fritura.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), não será necessária uma rotulagem especial para esse produto já que não é inserido nenhum tipo de DNA estranho na planta. O que acontece é que as enzimas que agem como tesouras moleculares são utilizadas para modificar o sistema operacional genético da planta para impedir que problemas aconteçam.
O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, afirmou que seu departamento não tem planos para regulamentar novas variedades de plantas desenvolvidas com edição genética, contrariando a decisão da União Europeia de equiparar na regulação, edição genética e culturas transgênicas. Em sua declaração, Perdue chamou a edição de genes de uma técnica "inovadora" que "não pode ser distinguida daquelas desenvolvidas através de métodos tradicionais de reprodução".
Zach Luttrell, diretor de consultoria da indústria StraightRow LLC, vê a edição de genes como um caminho para a indústria continuar a reduzir custos. Ele afirma que um produto desenvolvido usando a nova técnica poderá ser lançado no mercado dentro de três anos, a um custo entre US$ 10 e US$ 20 milhões, comparando-o a uma safra transgênica que pode custar US$ 100 milhões por uma década.
"A agricultura tem sido historicamente dominada por alguns grandes players, mas agora empresas muito menores poderão aparecer e desenvolver essas novas culturas. No futuro, teremos realmente culturas diferentes", comenta.
Fonte: Massa News
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