Negócios sustentáveis agregam valor aos produtos da Amazônia, superam os embates, mas esbarram na insegurança fundiária.
Uma história de amor, fé e esperança levou o filósofo catarinense Fabio Vailatti a deixar, há sete anos, a cidade gaúcha de Santa Maria (RS), junto com a agrônoma Simone e o primeiro filho do casal, para se tornar produtor de cupuaçu, açaí, castanhas, pupunha, café e rambutan (fruta que lembra a lichia) no meio da mata amazônica, no distrito rural de Nova Califórnia, em Porto Velho, Rondônia.
Com escala em Chapecó, a viagem de carro, puxando uma carretinha cheia de livros, durou sete dias. Trinta anos antes, a fé e a esperança de ter um lote para plantar e chamar de seu atraíram dezenas de agricultores do Sul e Sudeste para o distrito, que fica na saída do Estado de Rondônia, na região de Ponta do Abunã, a poucos quilômetros das fronteiras do Amazonas, Acre e Bolívia. Porto Velho, a sede do distrito, fica a 350 quilômetros dali pela única rodovia que corta a região, a esburacada BR-364.
Esperança de pessoas como Gilberto Berger, cuja família saiu de Colatina (ES), numa viagem em pau de arara que durou 40 dias. Da paranaense Oliva Biavatti, que chegou com pais e irmãos em um caminhão de mudança, acomodada com mais 21 pessoas em um colchão na carroceria, em 1984. De Semildo Kaefer, que saiu do Rio Grande do Sul com toda a família para explorar madeira na Amazônia, como fazia em sua terra. De Pedro Pereira, também do Paraná, que fincou raízes em 1986, após passar por Goiás e Mato Grosso. Ou ainda Daniel Berckembrock, que chegou a Nova Califórnia com mais sete irmãos fugindo da plantação de fumo da roça dos pais em Apiúna (SC).
Leia a notícia na íntegra no site da Revista Globo Rural.
Fonte: Notícias Agrícolas
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