Startup de biotecnologia desenvolve carne de peixe a partir de célula
sexta-feira, setembro 21, 2018
Finless Foods capta US$ 3,5 milhões de investimento e prevê lançar o seu atum feito em biorreator em 2019
Semana passada a empresa Finless Foods captou US$ 3,5 milhões em uma rodada de investimento para evoluir o desenvolvimento de carne de peixes (e eventualmente crustáceos) em biorreatores. Eles estão fazendo um trabalho similar ao de empresas como Memphis Meats, mas focados em peixes em vez de carnes bovina, suína e de frango como esta última. O primeiro produto a ser colocado no mercado, com lançamento programado para o final de 2019, é o atum, um dos peixes mais ameaçados de nossos mares.
Fundada em 2017 e baseada na Califórnia, EUA, a Finless Foods é uma das várias startups que atuam no mercado de agricultura celular, que tem como objetivo substituir os métodos tradicionais de produção agropecuária. Tecidos são produzidos a partir da cultura de células incubadas em biorreatores e, então, transformados em alimentos conhecidos por todos nós como almôndegas ou hambúrgueres.
Atualmente a empresa já tem um protótipo em produção, uma pasta de células de peixe servida na forma de croquete, mas está evoluindo o processo para que no final do próximo ano possa ter um produto competitivo, que poderá ser apresentado, por exemplo, na forma de um de sushi de atum. O produto ainda não parece muito apetitoso, mas, segundo a empresa, os esforços de sua área de pesquisa estão no desenvolvimento a partir das atuais células desconectadas para um produto com pedaços sólidos, similares a um filé de peixe.
Os benefícios da tecnologia, segundo a Finless Foods, são muitos e relevantes e passam pela produção de carne de peixes diretamente a partir de células em vez de animais vivos; redução nos custos de frete, já que os laboratórios podem estar perto dos centros de consumo; eliminação de frotas de barcos, e seu consumo de combustível fóssil; e a redução dos riscos de contaminação ambiental a que estão sujeitos os peixes atualmente, e que acabam chegando a nossa mesa.
As vantagens parecem muitas, o caminho parece mesmo sem volta, mas já começo a ficar com saudade do filé de traíra pescado no açude lá da fazenda…
Fonte: Canal Rural - AgEvolution
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