A história do Brasil apresenta de forma relevante a vocação que o país tem para o plantio de café.
Nas serranias e nas grandes extensões de terras os cafezais abundam o território nacional, fazendo-nos o principal produtor do mundo.
Contudo é preciso estar alinhado com as notícias que vêm do campo e também com aquelas que vêm das salas de negociais.
Afinal, o que esperar da safra 2018 / 2019 e quais são as perspectivas de futuro? As novidades não poderiam ser mais animadoras.
O café conilon como o destaque da temporada
Em recente publicação da consultoria Safras & Mercados, que após trabalhar junto de produtores, comerciantes, exportadores, cooperativas e das secretarias de agricultura de diversos municípios espalhados por todo o país, apontou que a safra, que ainda está em etapa inicial de colheita, terá recorde este ano, produzindo cerca de 60,5 milhões de sacas de 60 quilos.
O principal responsável por estes expressivos números é o conilon, que depois de amargar uma sequência de três de anos de safras deficitárias, está de volta em ascendente.
Para o seu cultivo é necessário um excelente equilíbrio pluviométrico, e pelas faltam de chuva não produziu o que era esperado.
Entretanto com o das chuvas na região do Espírito Santo, ele volta a avançar, aumentando cerca de 30% quando comparado aos números da temporada passada, em que produziu 12,1 milhões de sacas.
A constância do arábica
Menos que o conilon, mas ainda apresentando interferências importantes, o arábica também não teve uma temporada 2017/ 2018 muito boa, produzindo abaixo do esperado.
As expectativas eram que do sul de Minas Gerais e da região de Mogi, em São Paulo, saíssem bons números de sacas, o que não aconteceu à época, mas agora é uma realidade, mesmo que não ainda em pleno cultivo.
O resultado é que das 38,5 milhões de sacas produzidas na safra 2017/2018 houve um crescimento de 16%, chegando a estimativa de bons números, fixados em 44, 8 milhões de sacas.
Momento positivo em todo o mundo
Seguindo o ciclo natural de plantio do café, a bienalidade faz com que as safras alternem momentos de superávits com momentos de baixa produção.
Portanto, este bom momento esperado para o Brasil é um reflexo de que se espera para todo o mundo.
Um exemplo é o que se espera para a produção do Vietnã, maior produtor mundial da robusta e segundo maior do mundo.
Ele deve colher aproximadamente 28,5 milhões de sacas em 2017/18, com estimativas que podem chegar a 30 milhões de sacas.
Ao seu favor está o fato de que, por aqui, ele passa por um processo seco, em que os grãos de café são expostos ao sol para a secagem ao invés de serem lavados em um processo molhado – o que acontece bastante em outros países –, resultando em qualidade, confiança e garantia da entrega de um produto saboroso e comercialmente rentável.
Vendas adiantadas
Se a colheita ainda não está sendo realizada com força total, o mesmo não se pode dizer de sua comercialização, principalmente no que diz respeito ao arábica.
Os ótimos números são provenientes do aumento e firmeza do dólar, levando o mercado a comercializar com mais comodidade e confiança.
Os produtores do arábica já fecharam negócio para cerca de 25% de sua safra, 5% a mais que o ano passado.
O conilon também subiu, quando comparado a temporada passada, 18% contra 24%. No geral, o Brasil já tem comercializado de 14,79 milhões de sacas de 60 kg, o que significa 24% das 60,5 milhões de sacas previstas.
Aos poucos a colheita tem encontrado o seu ritmo, mesmo ainda estando atrás da média dos últimos anos.
O conilon teve maturação tardia, adiando em três semanas no Espírito Santo, por conta da quantidade de chuva nos meses de abril e maio.
O trabalho avança, com 31% da área plantada trabalhada, que já são seis pontos a mais que a semana anterior.
O preço do café sobe
De acordo com a projeção feita pelo Rabobank, os preços internacionais para a venda das sacas de café têm tudo para apresentar alta a médios e longos prazos.
Hoje o arábica é comercializado na Bolsa de Nova York pelo preço de US$120,00 a libra-peso e a expectativa é que chegue no último trimestre de 2018 e primeiro de 2019 ao valor de US$133,00 libra-peso, o que é excelente.
Contudo, tudo isto ainda é especulação, que vai depender da consolidação da safra brasileira e com o começo do consumo dos estoques globais, portanto é preciso ter cautela.
E quais são suas perspectivas para o mercado de café? Conte pra gente aqui embaixo nos comentários.
Fonte: AgroComunica
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