Essa é a primeira vez que esse tipo de resistência é registrado no algodão.
O Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) dilvulgou uma Circular Técnica, em parceria com outras instituições, apresentando resultados que alertam para a crescente resistência da lagarta Helicoverpa armigera às plantas com a tecnologia Bt. Intitulada “Helicoverpa armigera: ameaça a lavouras Bt de algodoeiro” a Circular tem como objetivo alertar os produtores de algodão.
Os pesquisadores Jacob Crosariol Netto, Guilherme Gomes Rolim, Leonardo Scoz e Erica Soares Martins, todos do IMAmt, junto com o pesquisador Rafael Major Pitta da Empresa Brasileira de Pesquisa Agopecuária (Embrapa Agrossilvipastoril) e com a professora Daniela de Lima Viana da Universidade de Cuiabá, afirmam que a resistência está ocorrendo em relação às proteínas presentes em plantas com a tecnologia Bt. Segundo eles, essa é a primeira vez que esse tipo de resistência é registrado no algodão.
A Helicoverpa era considerada uma espécie exótica no Brasil, mas começou a fazer parte do complexo de pragas do algodoeiro no país a partir da safra 2012/2013 e vem causando muitos estragos desde então. Ela é considerada uma das pragas mais perigosas pelos cientistas, já que é muito móvel e tem um alto índice de fecundidade, podendo assim atacar vários hospedeiros.
Nesse cenário, os especialistas recomendam que seja adotado um plano de sucessão de cultivos, em que se evite a utilização de cultivares que tenha as mesmas proteínas Bt que o algodão. Assim, eles garantem que o produtor estaria diminuindo uma boa parte da pressão de seleção sobre determinadas proteínas inseticidas.
Fonte: AgroLink
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