ALIMENTAÇÃO ANIMAL: Trigo para pastejo é novidade na pecuária
segunda-feira, agosto 20, 2018
Uma nova tecnologia de trigo voltada exclusivamente para o pastejo tem proporcionado ganhos interessantes entre produtores que utilizam o sistema integração lavoura-pecuária.
Uma nova tecnologia de trigo voltada exclusivamente para o pastejo tem proporcionado ganhos interessantes entre produtores que utilizam o sistema integração lavoura-pecuária. A cultivar Lenox, do portfólio da Biotrigo Genética, está entre as novidades apresentadas para alimentação animal no Agroleite 2018. A maior vitrine da tecnologia do leite no Brasil, acontece na Cidade do Leite e Parque de Exposições Dario Macedo, em Castro/PR, entre 14 e 18 de agosto. O estande da Biotrigo está localizado na 4º Avenida, próximo a Casa do Produtor Castrolanda.
Alimentação de inverno - Quem testou o trigo foi o pecuarista Darci Munzlinger, de Palmitos/SC. Além dos bons resultados na lavoura e na produção do leite, ele vê ainda como uma grande vantagem ter uma opção de alimentação no inverno e contribuir na alimentação do seu rebanho nesta época onde há escassez de pastagens naturais. “Esse trigo tem um rebrote bastante rápido, não acama, tem um perfilhamento bom e está com uma qualidade acima das outras pastagens que a gente já trabalhou. As vacas têm pastejado bem, tem dado preferência ao trigo e deixando a aveia para trás. O resultado no resfriador já foi de um aumento de um litro e meio, mas deve aumentar mais pois estamos apenas no segundo rebrote”, relata Darci.
Capacidade de rebrota - Éderson Luis Henz, zootecnista da Biotrigo Genética, explica que capacidade de rebrota da cultivar de trigo Lenox proporciona novos pastejos em poucos dias, com intervalo entre 20 a 25 dias. “O Lenox, com bom manejo pós-pastejo é capaz de superar 4 cortes com alta carga animal em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo”, comenta. Com o seu crescimento prostrado, o trigo tem potencial de chegar a uma taxa de acúmulo diário de até 100 kg de matéria seca por hectare.
Pré-secado - Uma outra cultivar de trigo é indicada para silagem e pré-secado. Ao contrário do trigo para pastagem, o TBIO Energia I é uma planta de um corte só, ou seja, não é um trigo duplo-propósito e não rebrota. O grande diferencial da planta é que não possui aristas, o que facilita a digestão do alimento. De acordo com o zootecnista, a cultivar também é uma boa alternativa para os pecuaristas. “O produtor produz o pré-secado entre 80 e 90 dias e a silagem entre 110 a 120 dias pós semeado no período do inverno, liberando áreas mais cedo para as culturas de verão.
Planejamento - Ou seja, é uma cultivar que favorece o planejamento de disponibilidade de alimento durante o ano”, ressalta Henz. A silagem do TBIO Energia I pode substituir até 100% do volumoso para gado de corte, confinado, novilhas e vacas em pré-parto. Para vacas leiteiras de alta produção, até 60% do volumoso. Para o pré-secado, é uma excelente opção de alimento para vacas lactantes de alta produtividade e gado de corte, contribuindo como ótima fonte de proteína e energia, associado a alta digestibilidade, sendo convertido em leite e ou carne.
Benefícios - Fernando Stédille, pecuarista de Coxilha/RS, já produziu a silagem e atestou seus benefícios. Ele retirou da dieta a palha de trigo, diminuiu a silagem de pré-secado de azevém e adicionou a silagem de trigo. Para as novilhas foi fornecido 50% de silagem de milho e 50% de silagem de trigo. Segundo o produtor, os animais se adaptaram muito bem a silagem de trigo e aumentou a produção de leite em mais 1 litro ao dia. “A silagem de trigo tem muitas vantagens, mas eu acho que a maior foi facilitar e muito a mão-de-obra, além de termos reduzido em torno de 5% no custo na confecção da silagem”, disse.
Fonte: Portal do Agronegócio
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