Pesquisadores tentarão reproduzir feito em soja e milho
Uma pequena modificação genética pode triplicar o número de grãos produzidos pelo sorgo, uma planta resistente à seca usada como fonte de comida, ração e de biodiesel. Uma equipe de pesquisadores está trabalhando para que o mesmo sistema seja aplicado a outros cereais.
Cientistas do Laboratório Cold Spring Harbor conseguiram modificar o sorgo baixando o nível de um hormônio chave, levando o cereal a produzir mais flores e mais sementes.
O estudo, liderado por Doreen Ware, professor-adjunto no laboratório, se focou em variedades de alto rendimento de sorgo desenvolvidas pelo Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos). As variedades foram criadas usando mutagêneses químicas, um método utilizado para induzir a variação genética nas plantas. As mutações induzidas pelo processo levaram a um aumento no número de grãos produzidos por cada planta, mas não se soube porquê.
Ware e a equipe queriam ir a fundo e começaram a sequenciar os genomas das plantas modificadas. Eles encontraram várias mutações, mas notaram que uma mutação chave afeta o gene que regula a produção hormonal. A planta que carregou essa versão do gene produziu anormalmente níveis baixos de ácido jasmônico, particularmente durante o desenvolvimento da flor.
Similarmente a outros cultivos, a maturação do sorgo é de um grupo de flores. As flores desenvolvem a partir de uma estrutura no topo da planta, a panícula. A panícula pode produzir centenas de flores, que vem em dois tipos que não produzem nenhuma semente. Estas mudanças triplicaram a produtividade do sorgo. A equipe de pesquisa agora tentará reproduzir a mesma estrutura em outros cultivos como arroz, milho e trigo.
Fonte: AgroLink
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