Em 2050, diversas projeções indicam que a população mundial será de 9,6 bilhões de habitantes. Oferecer alimento para tantas pessoas será um dos principais desafios que o mundo terá que resolver e a agropecuária e a indústria de alimentos serão essenciais para vencer esse problema.
Algumas ações já vendo sendo realizadas pela agropecuária que está trabalhando para se modernizar, objetivando maior produtividade. Exemplo disso é a chamada Smart Farming ou “Agricultura Inteligente”, em que há muita tecnologia embarcada, com gestão organizacional e otimização da produção.
Mas e a Indústria de Alimentos? Como ela será (ou deverá ser) no futuro para atender essa demanda crescente por alimentos com maior segurança?
O uso de energias renováveis nas indústrias estará presente com força
A primeira tendência que veremos será a mudança da matriz energética das indústrias, que usará mais energia renovável em detrimento a energia provinda do carvão ou do petróleo. Em 2025, por exemplo, projeções indicam que o mundo consumirá quase 15% menos petróleo e 12% menos carvão.
Já as fontes renováveis (bioenergia, energia hídrica e outras) terão um crescimento de 33%. As indústrias de alimentos serão mais limpas e sustentáveis e isso trará uma nova visão sobre a produção de alimentos no mundo.
Maior produtividade aliada à Sustentabilidade
Como já citado, a população mundial em 2050 atingirá quase de 10 bilhões de habitantes e, assim como na agricultura, a meta de toda indústria de alimento será a busca de maior produtividade.
Neste contexto, a tecnologia terá papel fundamental, tanto na área de uso de equipamentos mais eficientes e rápidos, quanto no melhor aproveitamento da matéria prima, onde a identificação e a rápida correção de desperdícios será prioridade.
Porém, no futuro, a produtividade deverá estar sempre atrelada a ações sustentáveis, visto que a consciência ambiental será o foco principal de toda indústria que tenha participação na produção de alimentos. A diminuição do desperdício e o correto destino de resíduos serão essenciais para o sucesso deste setor.
Além do mais, a fiscalização de órgãos do governo e principalmente do consumidor será infinitamente maior, e as indústrias deverão se adequar, ou estarão fadadas ao fracasso.
O consumidor do futuro será mais exigente, porém terá menos tempo
Quando falamos em futuro, pensamos logo que “a tecnologia vai resolver os problemas do mundo”. Pode até ser verdade, no entanto, para que a indústria de alimentos do futuro obtenha sucesso, ela deverá considerar um elo da cadeia que terá ainda mais importância: o consumidor!
Ouvir o consumidor e conhecer seus hábitos será um diferencial para a indústria de alimentos nos próximos anos. Eles serão mais exigentes e, ouvi-los significará saber o que querem, e como querem.
O novo consumidor também terá uma vida agitada, com ainda menos tempo para se alimentar. Assim, o processamento dos produtos deverá seguir a linha do “faça em três minutos”. Isso já ocorre hoje, porém, essa praticidade deverá agregar qualidade e segurança/confiabilidade do alimento e da vida do consumidor.
A palavra “natural” nas embalagens dos alimentos estará ainda mais presente e guiará as pesquisas de alimentos no futuro.
A lealdade a uma marca será menor, assim a escolha do produto será guiada pela maior qualidade e sustentabilidade.
Rastreabilidade do alimento: Garantia de segurança alimentar
O consumidor do futuro vai querer saber a procedência do produto que irá adquirir. A rastreabilidade, e seus registros, o auxiliarão na identificação e procedência dos produtos.
A consciência em relação ao processamento dos alimentos também será maior, o consumidor buscará saber como o produto é produzido e todos os fatores que englobam essa produção (além de seus impactos econômicos, sociais e ambientais).
Seguindo essa maior consciência, a tendência é que toda embalagem dos supermercados tenha o chamado o chamado QR Code (código de barras bidimensional que pode ser lido através de smartphones). Toda a informação estará na tela do celular.
Tomamos como exemplo uma caixa de leite. Ao apontar o seu smartphone para o QR Code, o consumidor saberá toda a procedência deste leite, desde o tipo alimentação da vaca, passando pelo método utilizado na pasteurização dentro da indústria e chegando às informações nutricionais.
Para que toda informação esteja disponível no final da cadeia (para o consumidor), a indústria alimentícia deverá inovar na sua gestão geral, buscando maior comunicação entre os elos do processo, e garantindo maior confiabilidade dos processos produtivos, sendo este um ótimo instrumento de segurança alimentar.
O campo será essencial para o futuro da indústria de alimentos
Toda indústria de alimento depende do campo. Carne, leite, soja, milho e uma infinidade de matérias primas são produzidos em lavouras e fazendas. Para garantir a segurança do alimento final, as indústrias comprarão materiais de agricultores e fazendeiros que tenham como prioridade a maior profissionalização do setor.
Para se profissionalizar, investimentos pesados que visem maior segurança do alimento serão realizados pelos profissionais do campo.
Porém, mesmo com todas as medidas preventivas, o agronegócio sempre esta sujeito a riscos, sejam eles climáticos ou econômicos. Por isso, a tendência é que no futuro, todas as propriedades rurais sérias e comprometidas com a produção sustentável de alimentos contratem seguros rurais modernos que cobrirão o risco na atividade. A presença de medidas protecionistas será cada vez maior no futuro.
Mas para que esperar o futuro? Você, como produtor rural, pode proteger a sua atividade hoje!
Fonte: MeSintoSeguro
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