Genes de fungos de tipo "fraco" são sexuados
Especialistas em patologia de plantas da Universidade Wageningen publicaram novos resultados de uma pesquisa que, de tão importantes e inesperados que são, deverão provocar mudanças até no material de ensino e nos modelos computacionais relacionados à patologia de plantas.
Os cientistas encontraram provas de que tipo “fracos” de fungos de plantas, que não podem causar doenças em plantas resistentes, são sexuados. Isso permitiria a manutenção desses genes nas suas populações. Isso significa que os tipos “fortes”, que podem matar até mesmo plantas resistentes, não dominariam rapidamente o hospedeiro, estendendo a longevidade dessas plantas.
Os cientistas fizeram a descoberta ao estudar a Septoria cytisi, a mais danosa doença em trigo na Europa e no Norte da África. Melhoradores de plantas desenvolveram variedades de trigo que são resistentes à doença. Cientistas previamente pensaram que a doença seria rapidamente apta a “driblar” essa resistência com o único fungo virulento “extra forte” que se reproduziria em plantas resistentes. Mas este não é o caso. Os tipos de fungo não podem infectar plantas resistentes e escapar do problema ao se reproduzir.
Gert Kerma, professor de fitopatologia da Universidade de Wageningen, que estuda o fungo por mais de 20 anos e lidera a equipe de pesquisa, é entusiasta sobre impacto positivo das descobertas. “A reprodução sexual dos tipos de fungos que não podem infectar as plantas resistentes são um mecanismo do fungo Zymoseptoria para reter os genes em populações de fungos por um longo tempo. Isso desacelera a epidemia e estende a longevidade das variedades resistentes de trigo. Isso é uma boa notícia. Não há um colapso repentino da resistência, mas um decréscimo gradual. Nós não temos nenhuma descoberta que explica o que vimos em prática”.
Fonte: Prentiss
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