Estudo divulgado em congresso do setor mostra que elas estão cada vez mais atuantes nas tomadas de decisão
As mulheres estão cada dia mais ativas e influentes no meio rural. Segundo pesquisa divulgada durante o 2º Congresso Mulheres do Agronegócio, 59,2% delas são donas ou sócias das propriedades rurais onde atuam. A pesquisa foi realizada pelo instituto Ipeso em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Realizado nos dias 17 e 18 de outubro em São Paulo, o congresso teve patrocínio da Syngenta.
Para o estudo, foram consultadas 862 mulheres de todas as regiões do país. Do total de entrevistadas, 73,1% trabalham em negócios "dentro da porteira”, 13,9% atuam “depois da porteira” e 13% trabalham “antes da porteira”. Entre os perfis da amostra estão "proprietárias ou sócias" da atividade rural (59,2%), "funcionárias ou colaboradoras" (30,5%) e "diretora, gerente, administradora ou coordenadora" (10,4%).
Capacitação
De acordo com o estudo divulgado no congresso, o perfil das mulheres à frente dos negócios e trabalhos rurais mostra que elas são confiantes quanto às próprias habilidades. Quando perguntadas sobre suas capacidades de trabalho no campo, 55% acreditam estar “totalmente preparadas” para assumir cargos importantes na gestão de uma propriedade rural, e 40,9% das mulheres respondem que se sentem parcialmente preparadas, revelando que, para boa parte delas, é preciso buscar mais conhecimento para gerir a fazenda. Os interesses são diversos: 56,8% delas estão querem aprender mais sobre “gestão de pessoas”, 54,5% desejam saber sobre “gestão empresarial” e 33% delas gostariam de ter mais conhecimento de finanças.
“É possível fazer uma interpretação positiva quando a pesquisa revela que 40% delas se consideram parcialmente preparadas. Ao reconhecerem os desafios diários de suas funções, elas revelam saber que é preciso buscar permanentemente mais conhecimento”, diz o estudo.
Ainda segundo a pesquisa, 36,2% das mulheres disseram ter optado pelo agronegócio por gostar da vida no campo, 34% já tinham familiares atuando na área, 15,6% já eram proprietárias ou sócias de uma propriedade rural e 10,7% enxergaram no agro uma oportunidade de trabalho.
Preconceito
A maioria massiva das mulheres que responderam à pesquisa afirmou que sentem alguma forma de preconceito por serem mulheres no campo. Para 44,2% delas o preconceito é evidente, e sutil para 30% da amostra. Entre as situações comentadas estão insubordinação de funcionários homens, não serem levadas a sério e rejeição de seus parceiros por se interessarem pelo trabalho rural. Entretanto, 61,1% das mulheres do agro afirmaram não ter tido nenhum problema de liderança por ser mulher.
Sobre a divisão de atividades da lida entre homens e mulheres, elas consideram também que a maioria dos processos da fazenda pode ser feita por ambos os sexos. Porém, as consultadas acreditam que são elas que devem dirigir os negócios, gerir pessoas e participar de feiras do agronegócio. Já capinar, carregar caminhão e o manuseio de defensivos agrícolas são, na visão das participantes, trabalhos mais masculinos.
Sobre a divisão de atividades da lida entre homens e mulheres, elas consideram também que a maioria dos processos da fazenda pode ser feita por ambos os sexos. Porém, as consultadas acreditam que são elas que devem dirigir os negócios, gerir pessoas e participar de feiras do agronegócio. Já capinar, carregar caminhão e o manuseio de defensivos agrícolas são, na visão das participantes, trabalhos mais masculinos.
A Syngenta foi uma das patrocinadoras do 2° Congresso Mulheres do Agronegócio.
Fonte: Portal Syngenta
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