O cultivo da noz pecã é uma interessante ferramenta para diversificação da propriedade e integração com outras atividades
Na última terça-feira (12), foi realizado o I Simpósio de Pecanicultura do Alto Uruguai, através de uma parceria da Secretaria Municipal de Agricultura e Emater. O evento foi realizado na propriedade dos irmãos Coan, na comunidade de Coxilha Seca.
As palestras da parte da manhã foram ministradas pelo assistente técnico da Emater e engenheiro agrônomo Luiz Ângelo Poletto, e pelo tecnólogo em agropecuária, Júlio Carneiro, representante da empresa Divinut, de Cachoeira do Sul.
Depois do almoço, os agricultores puderam conhecer sobre as entidades de crédito, Banco do Brasil, Sicredi, Cresol e Banrisul, que apresentaram as linhas disponíveis relacionadas ao financiamento e implantação do cultivo de noz pecã.
Os produtores também puderam conhecer mais sobre a cultura, com a aula prática de poda e manejo da cultura ministrada durante a tarde, quando foi feito o plantio de uma nogueira.
Durante o seminário foi salientado pelos técnicos que o cultivo da noz pecã é uma interessante ferramenta para diversificação da propriedade e integração com outras atividades como ovinocultura, bovinocultura de corte e leite, além de atividades agrícolas como a cultura do milho e da soja.
O RS importa 70% do que consome e o Brasil 94%. Neste sentido, o secretário de Agricultura, Leandro Basso, afirma que há um mercado para o cultivo de noz pecã. “Erechim quer ser o indutor de políticas de desenvolvimento regional, por isso incentiva esse projeto para o Alto Uruguai. ” A meta, de acordo com ele, é de que a região tenha 100 hectares de produção da amêndoa, pois ela não nasce em todo território nacional, é uma peculiaridade da região Sul do país. “Vamos usar essa característica para ganhar dinheiro com uma atividade econômica que usa pouco defensivo agrícola. A noz é uma cultura permanente e que pode viabilizar economicamente as pequenas propriedades. Infelizmente, o nosso pequeno produtor está concentrando tudo na monocultura da soja, e quem acompanha sabe o risco da concentração da atividade feita pela pequena propriedade,” completa Basso.
Os rendimentos do hectare por ano são bastante significativos se levado em consideração que a atividade tem baixa demanda de mão de obra, pois o trabalho no pomar é esporádico e pontual, e o custo pode ser diluído em outras ações da propriedade.
A Secretaria de Agricultura de Erechim tem interesse em fomentar a pecanicultura e, para isso, convida os interessados que compareçam na sede da secretaria para receber informações junto ao setor de fomento.
Participaram da atividade os secretários de Agricultura dos municípios de Erechim e Três Arroios, Leandro Basso e Laércio Tobin, respectivamente, o chefe do Escritório da Emater Erechim, Walmor Gasparin e o gerente regional da Emater, Gilberto Tonello.
Fonte: Jornal BoaVista
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