A palmeira macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd), pertencente à família Arecaceae,
é nativa das florestas tropicas e savanas da América. Tem sido utilizada para diferentes fins, tais
como as folhas para nutrição animal, o endocarpo para produção de carvão vegetal, e a polpa e
amêndoa dos frutos para a produção de farinhas e óleos (RAMOS, 2007).
Com a crescente demanda mundial por lipídeos, tanto para produção de biodiesel como
para alimentação humana, a macaúba vem despertando grande interesse, por se adaptar a diversas
condições edafoclimáticas e pela elevada potencialidade de fornecimento de óleo, podendo gerar
cerca de dez vezes mais óleo do que a soja em uma mesma área por ano (ROSCOE et al., 2007).
A polpa do fruto maduro de macaúba apresenta elevada umidade. Foram reportados
valores no estado do Mato Grosso do Sul entre 49,06% na região de Campo Grande a 63,00% na
região de Corumbá (CICONINI et al., 2013). Esta disponibilidade de água favorece a perecibilidade
do fruto, sobretudo quando há ruptura da casca.
A prática corrente de coletar os frutos já caídos no
chão, tem se mostrado inviável para a produção em larga escala de óleo de polpa com qualidade
competitiva com outras fontes oleaginosas devido à deterioração microbiana e possivelmente
também por atividade enzimática endógena.
Esta palmeira carece de estudos básicos que dêem
suporte para estabelecer um método de colheita técnico e economicamente eficaz. Assim, este
trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade do óleo na polpa de frutos de macaúba em função
do tempo de permanência de frutos no campo mantido em sistema de coletores/contentores.
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