A pesquisa concluiu que os países deverão fazer mais esforços que o previsto para evitar que a temperatura do planeta aumente mais de dois graus em 2100
A pesquisa dos climatólogos Patrick T.Brown e Ken Caldeira, da Instituição Carnegie para a Ciência, em Stanford (Califórnia), concluiu que os países deverão fazer mais esforços que o previsto para evitar que a temperatura do planeta aumente mais de dois graus em 2100, e se for possível, fazer com que a elevação seja inferior a 1,5 grau, conforme estabelecido no Acordo de Paris.
Os modelos climáticos indicam que as emissões de gases do efeito estufa causadas pelo homem continuarão aquecendo o clima mundial, mas as projeções de aquecimento variam dependendo do modelo.
Ou seja, cada modelo faz projeções em função das possíveis reduções de emissões dos países, desde uma diminuição drástica até não fazer nada, passando pelo meio termo.
Com base nos esforços de cada país, os modelos preveem uma elevação de temperatura que vai de 1,5 grau até mais de 4 graus para o fim deste século.
Brown e Caldeira avaliaram os modelos disponíveis no último relatório do painel intergovernamental de especialistas em mudança climática da ONU (IPCC, na sigla em inglês), que foi apresentado em 2014, e determinaram que as estimativas de todos eles estão para baixo.
Os autores garantiram que os impactos da mudança climática global serão maiores com o aumento na temperatura média global do ar superficial e que isto modificará o balanço energético na superfície terrestre, resultando em mais aquecimento.
Incorporando esses fatores a qualquer um dos modelos climáticos existentes até agora, a previsão de aquecimento para o fim do século seria 15% superior ao que foi descrito anteriormente, cerca de meio grau a mais.
Isto significa que as projeções de elevação da temperatura de 1,5 grau seriam de 2 graus, as de 2 seriam de 2,5, e assim sucessivamente.
Assim, os cientistas afirmaram que, “para conseguir estabilizar a temperatura global”, tal como se comprometeram os países no Acordo de Paris, “serão necessários maiores esforços na redução das emissões de gases do efeito estufa em relação aos cálculos existentes até agora”.
Fonte: Exame
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