Unesp desenvolve estudo sobre sistemas sustentáveis de produção
terça-feira, setembro 26, 2017
Resultados mostram excelentes índices de produtividade animal com produção de carne de qualidade
Objetivo é estudar o impacto dos sistemas nas
características do solo e da pastagem, produtividade e bem-estar
animal, qualidade da carne e da carcaça, desenvolvimento dos eucaliptos e
o custo de produção
A Unesp/Campus Dracena
desenvolve, desde o ano de 2012, em parceria com a Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (APTA)/PóloAndradina,um trabalho de
pesquisa sobre sistemas integrados do produção agropecuária.
O estudo é coordenado pela professora doutora Cristiana Andrighetto (Unesp/Dracena) e doutor Gustavo Pavan Mateus (Apta/Andradina), com a colaboração do professor doutor Gelci Carlos Lupatini, envolvendo também alunos de graduação e pós graduação.
O estudo é coordenado pela professora doutora Cristiana Andrighetto (Unesp/Dracena) e doutor Gustavo Pavan Mateus (Apta/Andradina), com a colaboração do professor doutor Gelci Carlos Lupatini, envolvendo também alunos de graduação e pós graduação.
De
acordo com a professora Andrighetto, os sistemas integrados de produção
agropecuária (SIPA) são caracterizados como uma estratégia de produção
sustentável que integra na mesma área, atividades agrícolas, pecuárias e
florestais.
“Essas atividades podem ser em
rotação e/ou consórcio de culturas de grãos, forrageiras, espécies
arbóreas e produção animal. Os sistemas melhoram as condições físicas,
químicas e biológicas do solo, viabilizam a recuperação de áreas
degradadas, diversificam a renda do produtor rural, diminuem a
ociosidade da terra, mitigam emissões de gases do efeito estufa,
aumentam o sequestro de carbono e melhoram o bem-estar dos animais”,
esclarece Andrighetto.
No trabalho são
avaliados três sistemas integrados de produção agropecuária: Integração
lavoura pecuária (ILP), integração lavoura pecuária floresta (ILPF) com
196 eucaliptos/ha e integração lavoura pecuária floresta (ILPF) 448
eucaliptos/ha.
“O objetivo é estudar o impacto
dos sistemas nas características do solo e da pastagem, produtividade e
bem-estar animal, qualidade da carne e da carcaça, desenvolvimento dos
eucaliptos e o custo de produção”, informa a professora-doutora.
O
projeto foi implantado em uma área degradada e para a sua recuperação
foi realizado o plantio da soja, no mesmo ano foi feito o plantio dos
eucaliptos e após a colheita da soja foi cultivado o milho com a
forrageira para a formação da pastagem.
Após a
formação da pastagem iniciou-se o primeiro ciclo de bovinos de corte da
raça nelore. “De acordo com os dados de custos de produção constatou-se
que a receita produzida com a colheita da soja e do milho compensou os
custos de implantação dos sistemas e ainda recuperou a área degradada.
Já no primeiro ano do projeto observou-se aumento de 33% na matéria
orgânica do solo”, constata Cristiana Andrighetto.
Além
disso, as árvores presentes nos sistemas avaliados reduziram a
temperatura ambiente melhorando o conforto térmico dos animais. A
professora doutora afirma que,“a sensação térmica dos animais nos
sistemas com árvores é 6,4ºC menor, que nos sistemas sem árvores”, o que
contribui para a melhoria do bem-estar dos mesmos.
“Os
resultados mostram até o momento excelentes índices de produtividade
animal com produção de carne de qualidade”, explica Andrighetto.
O
projeto está em andamento é financiado pela Fundação de Amparo a
Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e faz parte das atividades do
projeto de extensão universitária “Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão
em Pastagem e Bovinocultura de Corte (NUPEE)”. O segundo ciclo de
bovinos de corte, iniciou-se em junho de 2017, com animais de cruzamento
das raças Angus e Nelore. O experimento será finalizado no ano de 2019
com o corte das árvores.
Por Gilmar Pinato Da Redação
Fonte: Portal Regional
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