Primeira bolsa verde do mundo lista US$ 74 bi no primeiro ano
sexta-feira, setembro 29, 2017
A Bolsa Verde de Luxemburgo foi criada como um lugar no qual investidores podiam ter certeza de que realmente estavam comprando um título verde
Londres – A Bolsa Verde de Luxemburgo,
a primeira bolsa do mundo de títulos relacionados à mudança climática,
listou 63 bilhões de euros (US$ 74 bilhões) em títulos em um ano de
operação.
“Isso superou em muito a nossa expectativa”, disse Jane Wilkinson, chefe de finanças sustentáveis da Bolsa de Valores de Luxemburgo, em entrevista por telefone. “Ultrapassa de forma clara o crescimento visto no mercado regular de Luxemburgo, que foi estável.”
A Bolsa Verde de Luxemburgo, também conhecida como LGX (sigla de Luxembourg Green Exchange), foi criada como um lugar no qual os investidores podiam ter certeza de que o que estavam comprando era realmente um título verde.
O setor continua desregulamentado e os emissores podem seguir voluntariamente diretrizes como os Princípios dos Títulos Verdes ou a Iniciativa dos Títulos Climáticos. A LGX obriga seus emissores a fornecerem documentação completa, tanto antes quanto depois da emissão.
Os 63 bilhões de euros representam cerca de 1 por cento da Bolsa de Valores de Luxemburgo em termos de valor dos ativos listados, segundo Wilkinson. O mercado global de títulos verdes atingiu US$ 95 bilhões no ano passado.
Após um primeiro semestre de 2017 com recorde, a Bloomberg New Energy Finance elevou sua projeção para a emissão em 2017 de US$ 123 bilhões para US$ 130 bilhões. Wilkinson disse que o valor poderia chegar a US$ 140 bilhões.
A LGX recebe diariamente duas a três consultas e pedidos de instituições como departamentos de Tesouro e escritórios de advocacia interessados em emitir títulos verdes, segundo Wilkinson.
“Definitivamente existe um crescente interesse de possíveis emissores”, disse Wilkinson. “Novos atores estão acordando e pensando que este pode ser um mercado interessante e começando a fazer a lição de casa.”
Existe um interesse crescente na China, nos governos municipais dos EUA e em instituições financeiras latino-americanas, disse ela. Os emissores corporativos também estão se envolvendo mais.
“Este ainda é um mercado incipiente, e se você é uma grande empresa, penso que deveria mostrar o caminho”, disse Wilkinson. “Entendo que não precisem listar ações porque têm uma participação suficiente, mas esse tipo de emissor pode usar sua influência.”
Algumas grandes empresas do setor de energia limpa não classificaram seus títulos como verdes, mesmo podendo fazê-lo, como é o caso da oferta recente de US$ 1,8 bilhão da Tesla.
Talvez o motivo sejam os relatórios adicionais que geralmente se espera dos investidores, para provar que os recursos arrecadados estão sendo usados apenas para projetos com foco no meio ambiente, disse Wilkinson.
Fonte: Exame.com
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“Isso superou em muito a nossa expectativa”, disse Jane Wilkinson, chefe de finanças sustentáveis da Bolsa de Valores de Luxemburgo, em entrevista por telefone. “Ultrapassa de forma clara o crescimento visto no mercado regular de Luxemburgo, que foi estável.”
A Bolsa Verde de Luxemburgo, também conhecida como LGX (sigla de Luxembourg Green Exchange), foi criada como um lugar no qual os investidores podiam ter certeza de que o que estavam comprando era realmente um título verde.
O setor continua desregulamentado e os emissores podem seguir voluntariamente diretrizes como os Princípios dos Títulos Verdes ou a Iniciativa dos Títulos Climáticos. A LGX obriga seus emissores a fornecerem documentação completa, tanto antes quanto depois da emissão.
Os 63 bilhões de euros representam cerca de 1 por cento da Bolsa de Valores de Luxemburgo em termos de valor dos ativos listados, segundo Wilkinson. O mercado global de títulos verdes atingiu US$ 95 bilhões no ano passado.
Após um primeiro semestre de 2017 com recorde, a Bloomberg New Energy Finance elevou sua projeção para a emissão em 2017 de US$ 123 bilhões para US$ 130 bilhões. Wilkinson disse que o valor poderia chegar a US$ 140 bilhões.
A LGX recebe diariamente duas a três consultas e pedidos de instituições como departamentos de Tesouro e escritórios de advocacia interessados em emitir títulos verdes, segundo Wilkinson.
“Definitivamente existe um crescente interesse de possíveis emissores”, disse Wilkinson. “Novos atores estão acordando e pensando que este pode ser um mercado interessante e começando a fazer a lição de casa.”
Existe um interesse crescente na China, nos governos municipais dos EUA e em instituições financeiras latino-americanas, disse ela. Os emissores corporativos também estão se envolvendo mais.
“Este ainda é um mercado incipiente, e se você é uma grande empresa, penso que deveria mostrar o caminho”, disse Wilkinson. “Entendo que não precisem listar ações porque têm uma participação suficiente, mas esse tipo de emissor pode usar sua influência.”
Algumas grandes empresas do setor de energia limpa não classificaram seus títulos como verdes, mesmo podendo fazê-lo, como é o caso da oferta recente de US$ 1,8 bilhão da Tesla.
Talvez o motivo sejam os relatórios adicionais que geralmente se espera dos investidores, para provar que os recursos arrecadados estão sendo usados apenas para projetos com foco no meio ambiente, disse Wilkinson.
Fonte: Exame.com
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