Países pobres perderão 10% do PIB per capita com a mudança climática, diz FMI
sexta-feira, setembro 29, 2017
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira (27)
que os países pobres serão incapazes de fazer frente sozinhos aos
efeitos econômicos do aquecimento global sem um esforço global das
economias desenvolvidas, e calcula uma perda estimada de 10% de seu
Produto Interno Bruto (PIB) per capita até 2100. A informação é da
agência EFE.
"Se não houver esforços globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século XXI", apontou o FMI em um dos capítulos analíticos de seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.
Estas projeções se baseiam em cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde.
O documento enfatiza que "dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política econômica global".
Para o organismo dirigido por Christine Lagarde, um dos principais problemas é que "as políticas domésticas destes países não são suficientes" para protegê-los das mudanças climáticas, devido aos seus poucos recursos econômicos, ao citar exemplos de alguns dos países mais expostos, como o Haiti, o Gabão e Bangladesh.
"À medida que as altas temperaturas ultrapassam os limites biofísicos dos ecossistemas destes países, poderia haver epidemias mais frequentes, fome e outros desastres naturais, ao mesmo tempo que é alimentada a pressão migratória e o risco de conflitos", indicou.
Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes "efeitos perniciosos", atestou o Fundo Monetário Internacional.
O FMI apresentará o seu relatório completo, com as novas projeções de crescimento global, no marco de sua Assembleia Anual que será realizada em Washington, entre 10 e 15 de outubro, e à qual estão presentes os ministros de Economia de 189 países-membros.
Fonte: EBC
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"Se não houver esforços globais para frear as emissões de carbono, o previsto aumento na temperatura suprimirá cerca de uma décima parte do PIB per capita dos países de baixos investimentos para finais do século XXI", apontou o FMI em um dos capítulos analíticos de seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.
Estas projeções se baseiam em cenários conservadores de aumento de 1 grau centígrado na temperatura destes países, o que se traduziria em menor produção agrícola, esfriamento dos investimentos e danos à saúde.
O documento enfatiza que "dado que as economias avançadas e emergentes são as que contribuíram em grande medida ao aquecimento global e devem continuar nesse caminho, ajudar os países de baixos investimentos a encarar suas consequências é um imperativo humanitário e uma sensata política econômica global".
Para o organismo dirigido por Christine Lagarde, um dos principais problemas é que "as políticas domésticas destes países não são suficientes" para protegê-los das mudanças climáticas, devido aos seus poucos recursos econômicos, ao citar exemplos de alguns dos países mais expostos, como o Haiti, o Gabão e Bangladesh.
"À medida que as altas temperaturas ultrapassam os limites biofísicos dos ecossistemas destes países, poderia haver epidemias mais frequentes, fome e outros desastres naturais, ao mesmo tempo que é alimentada a pressão migratória e o risco de conflitos", indicou.
Cerca de 60% da população mundial vive em países onde o aquecimento global provavelmente produzirá estes "efeitos perniciosos", atestou o Fundo Monetário Internacional.
O FMI apresentará o seu relatório completo, com as novas projeções de crescimento global, no marco de sua Assembleia Anual que será realizada em Washington, entre 10 e 15 de outubro, e à qual estão presentes os ministros de Economia de 189 países-membros.
Fonte: EBC
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