Furacão Harvey paralisa o coração da infraestrutura energética dos EUA
terça-feira, setembro 05, 2017
Companhias de seguros temem que os danos causados a Houston igualem o custo do furacão Katrina
A região metropolitana de Houston, a quarta maior dos Estados Unidos e com uma economia que se coloca entre as 25 mais ricas do mundo, está inundada e continua chovendo. O impacto do furacão Harvey, o mais forte a atingir o Texas desde o Rita
em 2005, também se fará sentir no resto do país. Dois dos maiores
portos do continente foram fechados na segunda-feira, dia 28 de agosto, e
15% da capacidade de refino de petróleo nos EUA está suspensa.
As petroleiras estão começando a fazer uma avaliação dos danos. O Texas é um centro vital na infraestrutura energética dos EUA, com cerca de 30% da capacidade de refino. O Harvey também forçou o fechamento temporário das plataformas de extração de petróleo e gás natural no golfo de México. Calcula-se que 22% da capacidade de produção da região esteja suspensa.
A maior refinaria dos EUA está localizada em Port Arthur,
propriedade da saudita Arabian Oil, e tem capacidade para produzir o
equivalente a 600.000 barris diários de combustível. A ExxonMobil opera
em Baytown, a segunda maior, que processa 560.000 barris. Há uma dúzia
de refinarias inoperantes em Houston, Galveston e Corpus Christi, que
produzem 2,2 milhões de barris, incluindo instalações de Shell, Valero,
Citgo e Petrobras.
Todo esse combustível é transportado por meio de oleodutos ou barcos. O Harvey provocou o fechamento do porto de Houston, o segundo maior do país depois do da Louisianna, em New Orleans. Também está fora de serviço o de Corpus Christi, o sexto mais importante dos EUA, e fundamental também para o transporte de energia. Juntos mobilizam 319 milhões de toneladas, o equivalente a 14% de todos os portos da nação.
O impacto imediato foi de um aumento de 5% no preço da gasolina, mas a alta pode ser maior se as refinarias tiverem dados que obriguem a prolongar a suspensão. A prova a que o Harvey está submetendo a indústria, portanto, é real e pode afetar também as exportações. No caso do preço do barril de petróleo, a situação permitirá o excesso de oferta.
A tempestade Sandy, que atingiu Nova York há cinco anos, demonstrou, no entanto, quanto custa recuperar as regiões mais afetadas de uma grande cidade, onde os trabalhos de reconstrução continuam. Ainda é cedo para ter uma avaliação de danos, porque todos os efetivos se concentram nos trabalhos de resgate e de atenção às pessoas necessitadas. Calcula-se que haja 30.000 pessoas desabrigadas.
Estima-se que a economia da região de Houston seja de meio bilhão de dólares. Um em cada cinco condados no Texas foi afetado. As companhias de seguros começarão a enviar suas “tropas” em meados da semana. Mas, como afirmam na seguradora Farmers, as emissoras de televisão não conseguiram mostrar a quantidade de casas que terão níveis de água que chegam à altura das pias de suas cozinhas durante dias.
Cada evento catastrófico é diferente, por isso os especialistas evitam fazer comparações. O Katrina provocou danos em torno de 108 bilhões. As seguradoras receberam pedidos de 48 bilhões. A inundação que se seguiu ao furacão era de outra natureza, porque arrebentou os muros de contenção em New Orleans. Com o Harvey, as chuvas continuam 96 horas depois e o dano é mais amplo. A recuperação será ainda mais complexa.
As primeiras estimativas antecipam um custo acima dos 300 bilhões de dólares, apesar de essa cifra ser conservadora e depender do tempo que dure o avanço das águas. As projeções mais pessimistas multiplicam esse número por três, e com isso esta seria a segunda maior catástrofe, acima do furacão Sandy. Estima-se que aproximadamente um terço das perdas estão seguradas, contra a metade no Katrina.
Fonte: El País
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As petroleiras estão começando a fazer uma avaliação dos danos. O Texas é um centro vital na infraestrutura energética dos EUA, com cerca de 30% da capacidade de refino. O Harvey também forçou o fechamento temporário das plataformas de extração de petróleo e gás natural no golfo de México. Calcula-se que 22% da capacidade de produção da região esteja suspensa.
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Todo esse combustível é transportado por meio de oleodutos ou barcos. O Harvey provocou o fechamento do porto de Houston, o segundo maior do país depois do da Louisianna, em New Orleans. Também está fora de serviço o de Corpus Christi, o sexto mais importante dos EUA, e fundamental também para o transporte de energia. Juntos mobilizam 319 milhões de toneladas, o equivalente a 14% de todos os portos da nação.
O impacto imediato foi de um aumento de 5% no preço da gasolina, mas a alta pode ser maior se as refinarias tiverem dados que obriguem a prolongar a suspensão. A prova a que o Harvey está submetendo a indústria, portanto, é real e pode afetar também as exportações. No caso do preço do barril de petróleo, a situação permitirá o excesso de oferta.
Efeito na grande cidade
Se as catástrofes naturais anteriores como Katrina, Rita, Ike ou Isaac servem de referência, o impacto do Harvey no mercado da energia será notado durante duas semanas. Depois os preços no posto de gasolina costumam baixar com rapidez, conforme o combustível voltar a entrar no sistema. Há 23 semanas de gasolina nas reservas.A tempestade Sandy, que atingiu Nova York há cinco anos, demonstrou, no entanto, quanto custa recuperar as regiões mais afetadas de uma grande cidade, onde os trabalhos de reconstrução continuam. Ainda é cedo para ter uma avaliação de danos, porque todos os efetivos se concentram nos trabalhos de resgate e de atenção às pessoas necessitadas. Calcula-se que haja 30.000 pessoas desabrigadas.
Estima-se que a economia da região de Houston seja de meio bilhão de dólares. Um em cada cinco condados no Texas foi afetado. As companhias de seguros começarão a enviar suas “tropas” em meados da semana. Mas, como afirmam na seguradora Farmers, as emissoras de televisão não conseguiram mostrar a quantidade de casas que terão níveis de água que chegam à altura das pias de suas cozinhas durante dias.
Avaliação de danos
Os cortes de luz e das comunicações impedem os afetados de entrar em contato com as seguradoras para fazer suas reclamações. A grande dificuldade é que a maioria das casas não tem apólices contra inundações, e por isso a assistência terá de chegar do fundo federal para catástrofes, que acumula um passivo de 25 bilhões e só pode representar 6 bilhões do orçamento atual, que termina em 30 de setembro.Cada evento catastrófico é diferente, por isso os especialistas evitam fazer comparações. O Katrina provocou danos em torno de 108 bilhões. As seguradoras receberam pedidos de 48 bilhões. A inundação que se seguiu ao furacão era de outra natureza, porque arrebentou os muros de contenção em New Orleans. Com o Harvey, as chuvas continuam 96 horas depois e o dano é mais amplo. A recuperação será ainda mais complexa.
As primeiras estimativas antecipam um custo acima dos 300 bilhões de dólares, apesar de essa cifra ser conservadora e depender do tempo que dure o avanço das águas. As projeções mais pessimistas multiplicam esse número por três, e com isso esta seria a segunda maior catástrofe, acima do furacão Sandy. Estima-se que aproximadamente um terço das perdas estão seguradas, contra a metade no Katrina.
Fonte: El País
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