Assessor econômico de Trump reafirma posição dos EUA sobre acordo do clima de Paris
quarta-feira, setembro 20, 2017
Declaração
contradiz o que foi dito por secretário de Estado no domingo (17).
Segundo Rex Tillerson, país poderia permanecer no acordo climático sob
as condições corretas.
Gary Cohn, o principal assessor econômico do presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, reafirmou a posição dos Estados Unidos sobre o
acordo do clima de Paris durante uma reunião com ministros em Nova York
por ocasião da Assembleia Geral da ONU, nesta segunda-feira (18).
"Nós tornamos a posição do presidente inequívoca, sobre onde o
presidente está, onde o governo está em relação a Paris", disse, depois
da informal reunião com ministros do Meio Ambiente, Energia e Relações
Exteriores de cerca de uma dúzia de países.
No domingo (17), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex
Tillerson, afirmou que o país poderia permanecer no acordo climático de
Paris sob as condições corretas e que Trump.
"O presidente (Donald Trump) disse que está aberto a encontrar aquelas
condições em que possamos permanecer envolvidos com os outros no que
todos nós concordamos que ainda é uma questão desafiadora", disse
Tillerson no programa "Face The Nation" da CBS.
Em junho, Trump anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
Reunião no Canadá reafirmou acordo
No sábado (16), durante reunião com os monistros do Meio Ambiente, em
Montreal, os Estados Unidos pareciam ter voltado atrás no Acordo de
Paris sobre o clima, segundo informações da France Press.
"Estamos satisfeitos com o sucesso da nossa reunião" e pela reafirmação
que o "Acordo de Paris é irreversível e não negociável", declarou a
ministra canadense da Mudança Climática, Catherine McKenna, durante a
coletiva de encerramento do encontro.
Em um primeiro momento, o comissário europeu para o Clima Miguel Arias
Cañete afirmou que os Estados Unidos "indicaram que não iriam renegociar
o Acordo de Paris, mas que revisariam os termos com os quais poderiam
se comprometer sob o acordo".
Contudo, horas depois, a presidência americana garantiu que "não há
nenhuma mudança na posição dos Estados Unidos sobre o Acordo de Paris".
Por iniciativa do Canadá, da União Europeia (UE) e da China, esta
reunião acontece a cada 30 anos desde a assinatura do Protocolo de
Montreal para a Proteção da Camada de Ozônio, "um acordo internacional
histórico", de acordo com Catherine McKenna.
Este protocolo é o exemplo de que "o mundo deve continuar a agir para enfrentar a ameaça das mudanças climáticas", ressaltou.
O objetivo é limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C
até 2050 em comparação com o nível da era pré-industrial.
Fonte: Globo
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