O Sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem como principal diferença permitir ao homem do campo poder realizar uma produção maior e mais diversificada, de maneira econômica, social e ambientalmente sustentável.
Neste sistema de produção, uma área que inicialmente era destinada somente a pecuária de leite pode passar a produzir simultaneamente madeira e grãos, conforme as características da propriedade.
A integração lavoura, pecuária, floresta pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando dois ou três componentes em um sistema produtivo:
Integração Lavoura-Pecuária ou Agropastoril:
sistema de produção que integra o componente agrícola e pecuário em
rotação, consórcio ou sucessão; na mesma área e em um mesmo ano agrícola
ou por múltiplos anos |
Integração Pecuária-Floresta ou Silvipastoril: sistema de produção que integra o componente pecuário e florestal, em consórcio |
Integração Lavoura-Floresta ou Silviagrícola:
Sistema de produção que integra o componente florestal e agrícola, pela
consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas (anuais ou
perenes) |
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ou Agrossilvipastoril:
sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e
florestal em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. O
componente "lavoura" restringe-se ou não à fase inicial de implantação
do componente florestal |
A atividade lhe valia algum rendimento, mas devido a questões climáticas e custos no trato das vacas com silagem e ração, fez José Ferreira integrar a produção leiteira com o componente floresta, no cultivo de eucalipto que, para ele, foi algo totalmente novo.
Com a introdução deste componente arbóreo começou a surgir na propriedade um efeito importante no conforto térmico, o que refletiu na produtividade leiteira do gado, além de gerar renda adicional para o produtor na comercialização da madeira.
A expectativa de produção na Fazenda passou a ser de, no mínimo, 40 metros de estérios (metro de lenha amontoada no campo) proveniente de aproximadamente 500 árvores/ha, que vendidas a um preço atual de 35 reais o metro da floresta, em pé, gera uma renda R$ 1.400,00/ha/ano.
“Isso pode ser considerado um caso de sucesso para o produtor, que agora trabalha com mais qualidade de vida, gerando maior renda com o eucalipto e o gado pastando na sombra, com menos estress”, observa Abílio.
A partir desta experiência da integração pecuária floresta na Fazenda Santa Bárbara e os resultados que vem apresentando, tem mostrado também aos demais produtores da região a possibilidade de aumento na renda de produção, com melhoria ambiental e qualidade de vida para os produtores.
Além de servir como sombra para os animais, o eucalipto supre as necessidades internas da propriedade. Mas o José Ferreira não está sozinho nesta ação; neste processo de busca de novas alternativas e possibilidades de produção, ele conta com o apoio e assistencia técnica-operacional do Instituto Casa da Abelha que iniciaram um projeto de fomento e desenvolvimento das áreas de pecuária e floresta na região.
Também a coordenação regional da Emater em Quirinópolis e dos pesquisadores da Embrapa, que se colocaram de prontidão dos produtores do município na transferência de conhecimento e tecnologia em ILPF em pequenas propriedades rurais da região.
As vantagens da adoção do Sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) tem comprovado que é possível ao agricultor alcançar melhores rendimentos através da madeira e grãos, concomitantemente à recuperação ou renovação da pastagem, de forma mais rápida e econômica, tanto em pequenas propriedades ou em áreas maiores.
Fonte: Embrapa
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