Estudo calcula que mudanças climáticas causarão 60 mil mortes em 2030
quarta-feira, agosto 02, 2017
Artigo da revista 'Nature Climate Change' relaciona as alterações do clima com a poluição atmosférica.
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, estimam que as mudanças climáticas, caso não sejam contidas, deverão causar cerca de 60 mil mortes em 2030 e 260 mil em 2100 devido à poluição atmosférica. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (31) pela revista "Nature Climate Change".
O artigo expõe evidências crescentes de que os efeitos globais do clima
sobre a saúde serão esmagadoramente negativos. De acordo com a revista,
esta é também a pesquisa mais abrangente sobre como as mudanças
climáticas afetarão a população por meio da poluição do ar.
"A medida em que as mudanças climáticas afetam as concentrações de
poluentes no ar, isso pode ter um impacto significativo na saúde do
mundo todo, aumentando o número de pessoas que morrem devido à poluição
todos os anos”, disse Jason West, que liderou a pesquisa na Universidade
da Carolina do Norte ao lado da pesquisadora Raquel Silva.
A alta das temperaturas acelera as reações químicas que criam os
poluentes do ar, como o ozônio, e afeta a saúde pública. As regiões com
clima mais seco também podem ter uma poluição pior do ar devido a uma
menor ação das chuvas e a uma maior ocorrência de incêndios.
West e Silva usaram um conjunto de modelos matemáticos sobre o clima
para determinar o número de mortes que devem ocorrer devido aos
poluentes em 2030 e 2100. Eles descobriram que todas as regiões do
mundo, com exceção da África, terão uma alta de mortes relacionadas aos
resíduos do ar.
"Nossa descoberta é o sinal mais claro de que as mudanças climáticas prejudicam a qualidade do ar e da saúde", disse West.
Fonte: G1
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