Calor extremo no sul da Ásia poderá ser mortal até o final do século, diz estudo
sexta-feira, agosto 04, 2017
Calor extremo no sul da Ásia poderá ser mortal até o final do século, diz estudo
Ficar ao ar livre poderá se tornar mortal em regiões do sul da Ásia até o final do século, uma vez que as mudanças climáticas conduzem o calor e a umidade a níveis extremos, segundo um novo estudo divulgada nesta quarta-feira (2) pelo jornal "Science Advances".
A região citada no estudo engloba Paquistão, Nepal, Índia, Bangladesh e
Sri Lanka. Atualmente, cerca de 1,5 bilhão de pessoas vivem nessa
região.
O estudo afirma que os níveis extremos de calor e umidade poderiam
afetar até um terço da população que vive na região, a menos que a
comunidade internacional intensifique os esforços para controlar as
emissões de carbono à atmosfera.
Enquanto a maioria dos estudos sobre o clima se baseiam em projeções de
temperaturas, este estudo também considera a umidade e a habilidade do
corpo humano de diminuir a temperatura interna em resposta ao calor
extremo.
Estes três fatores juntos compõem o que é chamado de “temperatura de
bulbo úmido”, que é a temperatura tomada quando uma roupa molhada está
enrolada em um termômetro. Esta temperatura, que é sempre menor do que
um bulbo seco, pode ajudar a estimar o quão fácil é para a água
evaporar. E também pode oferecer um indicador de onde a mudança
climática pode se tornar perigosa.
Os cientistas dizem que os humanos podem sobreviver a uma temperatura
de bulbo úmido de cerca de 35ºC. Nela, o corpo humano tem dificuldade de
suar para se esfriar ou o suor não evapora. Nessa situação, a morte
pode acontecer em questão de horas – mesmo em condições de sombra e
ventilação. Atualmente, temperaturas de bulbo úmido raramente excederam
31ºC, o que já é considerado extremamente perigoso.
Fonte: G1
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