Rio de Janeiro é apontado como rota mais perigosa
para tráfego. O roubo de cargas no Brasil – e em especial no Rio de
Janeiro – tornou-se um flagelo para a economia e está inviabilizando
muitas empresas. No ano passado, as empresas que ali operam sofreram
mais de 1 bilhão de reais em prejuízos, de …
Rio de Janeiro é apontado como rota mais perigosa para tráfego.
Conforme levantamentos da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística e das Federações estaduais, as ocorrências de roubo de carga – que já eram elevadas – dispararam de 2015 para cá. O estudo aponta que o buraco negro está no Sudeste: essa região concentra 87% dos casos.
O roubo de cargas causou um prejuízo de mais de R$ 6,1 bilhões em todo o Brasil, de 2011 a 2016. Foram 97.786 ocorrências desse tipo no País neste período, segundo os dados de um estudo sobre o impacto econômico do roubo de cargas no Brasil, divulgado pelo Sistema Firjan neste mês.
Em uma lista com 57 países, o Brasil é o oitavo mais perigoso para o transporte de cargas. Em apenas 44 dias, o Brasil registra o número total de roubos de cargas nos Estados Unidos e Europa juntos, em um ano inteiro.
Em 2016, foram 4.056 casos acima do registrado em 2015. O crescimento foi puxado por Rio de Janeiro com 2.637 registros e São Paulo com 1.453 casos a mais que no ano anterior.
O presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos (Chapecó/SC) e vice-presidente para o agronegócio da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mário Lanznaster, pediu a convergência de ações e de investimentos da União e dos Estados para o combate ao problema. A Aurora teve 65 cargas roubadas em 12 meses, totalizando 362.000 kg de produtos cárneos, o que representa R$ 2 milhões 535 mil reais de prejuízos. Metade dos roubos ocorreu no Rio, onde 32 cargas foram saqueadas, 20 em São Paulo, 3 na Bahia, 4 em Minas Gerais, 2 em Santa Catarina, 3 no Paraná e 2 no Mato Grosso do Sul.
Lanznaster reivindica uma política nacional integrada de combate a esse crime. “O roubo de cargas representa um prejuízo fatal para muitas empresas, encarece o seguro, dificulta o transporte, inflaciona o preço final de muitos produtos e destrói o ambiente de negócios.”
O dirigente lembra que, para ter sucesso, esse crime conta com uma rede de agentes criminosos na busca de informações e no planejamento dos eventos. De outra forma, como explicar que – no caso do transporte de produtos alimentícios cárneos – as cargas de baixo custo são ignoradas e aquelas com produtos de alto valor agregado são seletivamente visadas e atacadas?
O presidente da Aurora reconhece que os Estados vêm criando Delegacias Especializadas em roubo de cargas e as empresas estão investindo cada vez mais em prevenção. Considerou essencial ampliar o nível de cooperação entre os órgãos de segurança e o empresariado e as investigações sobre os receptadores, “pois, esses são os que verdadeiramente alimentam e estimulam o crime organizado”.
Fonte: Editos Stilo
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