Argentina diz que exportação de biodiesel será prejudicada após tarifa dos EUA
segunda-feira, agosto 28, 2017
As exportações argentinas de biodiesel perderão competitividade no mercado norte-americano, disse o principal órgão da indústria do país sul-americano, depois de os Estados Unidos terem decidido na terça-feira impor taxas mais altas para as importações do produto, sob argumento de que estaria sendo subsidiado.
A
tarifa sobre o biodiesel da Argentina, feito de soja, pode chegar a
64,17 por cento, de acordo com uma declaração do Departamento de
Comércio dos EUA. Também devem ser impostas taxas de até 68,28 por cento
às importações de biodiesel de óleo de palma da Indonésia.
"Qualquer
tarifa maior que 15 por cento deixa o biodiesel argentino sem
competitividade", disse uma fonte da indústria argentina de
biocombustíveis.
A Argentina representa
dois terços das importações de biodiesel dos EUA, que totalizaram 916
milhões de galões (3,5 bilhões de litros) em 2016, de acordo com dados
do governo norte-americano. O consumo total de biodiesel nos EUA é de
cerca de 2 bilhões de galões.
A decisão do
Departamento de Comércio ocorre após o Conselho nacional de Biodiesel
(NBB, na sigla em inglês) solicitar ao governo, em março, a imposição de
taxas, alegando que as importações do produto argentino estavam abaixo
do valor de mercado, prejudicando os produtores de biodiesel dos EUA.
A
associação argentina de biodiesel Carbio, que representa produtores,
incluindo Cargill [CARG.UL] e Louis Dreyfus [LOUDR.UL], negou a
existência de subsídios nas exportações e classificou a decisão
norte-americana de protecionismo.
Fonte: Reuters
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