Segundo o astrofísico britânico Stephen Hawking, este nosso planeta só terá mais cem anos de vida. O sobreaquecimento da atmosfera, as epidemias mortais e o crescimento populacional desmesurado são as prováveis causas do Apocalipse.
A menos que, adverte o cientista britânico, as grandes centralidades de pesquisa da indústria aero-espacial acelerem a construção de um engenho capaz de levar um certo número de cidadãos deste mundo para um outro planeta, antes que a Terra se desintegre. Segundo os entendidos na matéria, o planeta mais à mão de semear é Marte.
E uma pergunta se coloca: quem vai entrar nessa nave interplantéria? Nós, africanos, os esquecidos e explorados dos Trópicos, será que vamos também caber na viagem de salvação da Humanidade?
Sabe-se que uma viagem dessas custa um balúrdio, milhões e milhões de dólares. Se for para pagar bilhete nessa viagem de salvação da espécie humana, então só multimilionários é seriam bafejados pela sorte. Será por isso que impera neste século a idolatria do dinheiro, não já nos níveis que se viu em toda a História da Humanidade? O filósofo alemão falecido em 2012, Robert Kurz, no seu trabalho, “Poder mundial e crise financeira” explica que o poder político-militar pode tornar-se potência económica. (…) Como a ligação do dólar ao ouro foi cortada em 1973, passou para o lugar do ouro a máquina militar sem concorrência dos EUA, com a sua “economia de guerra permanente”.
Ora, esta questão da proliferação de armamentos não só dos EUA, mas da Rússia e de outras potências geradoras dos engenhos da Morte que devem ser usados senão a indústria militar entra em colapso, bem como as economias assentes nesta estratégia, é apontada por alguns entendidos na matéria como outra das prováveis causas da destruição do planeta, pois o “inimigo” também sabe armar-se, o que está a tornar o mundo, que já era um caldeirão de pólvora, num imenso comboio atómico prestes a despenhar-se na ribanceira do ódio.
O astrofísico inglês sugere que as nações precisam de reenviar astronautas novamente para a Lua até 2020, aí criar uma base bem estabelecida para poder mais facilmente atingir Marte, no ano de 2025.
Stephen Hawking também tem contrariado os argumentos utilizados por quem não acredita na necessidade transportar a vida humana para outro planeta, devido à mudança climática e ao aquecimento global, como faz Donald Trump, que
Contudo, os cientistas estão a trabalhar e, há dias, ouvimos falar da descoberta de sete planetas do tamanho da Terra, em torno da já conhecida estrela-anã super-fria Trappist-1, que fica a apenas 40 anos-luz do nosso planeta.
Dos sete hexoplanetas, três estão dentro do que se considera zona "habitável", a uma distância da estrela Trappist-1 em que a vida é considerada uma possibilidade. Um desses planetas, o Trappist-1f, pode ser um planeta rico em água.
Porém, segundo a astrónoma Sara Seager, professora do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), se fosse possível viajar à velocidade da luz, o homem levaria 39 anos para chegar até o novo sistema planetário.
Num avião como os que existem hoje, o tempo necessário seria 44 milhões de anos. Portanto, enquanto os nossos descendentes não conseguirem viajar no Tempo ou proceder à tele-transportação da matéria, resta-nos a solução de ir alugar Marte para viver e continuarmos a multiplicar-nos. É exactamente isto que Hawking preconiza. "Espalharmo-nos pelo espaço vai mudar completamente o futuro da humanidade. Eu espero que nós possamos nos unir como nações competitivas com uma meta única: enfrentar o desafio comum para todos nós. Um novo e ambicioso programa espacial que iria incitar os jovens e estimular o interesse em novas áreas, como astrofísica e cosmologia", comentou Hawking.
Por isso, caros dirigentes das nações da Terra, é tempo de desinvestir em armas de destruição massiva e passar para o aceleramento da investigação aero-espacial, é tempo, e é urgente, parar com esta rebaldaria da repetição da Guerra Fria, porque ela pode se tonar quente e apocalíptica, é tempo de educarmos as famílias e controlar a natalidade, é tempo de prevenir os surtos epidémicos e é tempo de parar com as indústrias poluentes, incluindo a da carne vermelha, a dos tabacos e a do consumo dos combustíveis fósseis, trocando-a pela energia solar.
Senão, como e onde ficará guardada a memória da existência da vida inteligente no nosso planeta, cujo mais alto expoente somos nós, homo sapiens?
Fonte: Jornal de Angola
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