França quer acabar com fabricação de carros a gasolina e a diesel até 2040
segunda-feira, julho 10, 2017
O programa da França para o clima, apresentado pelo ministro francês da Transição Ecológica e Solidária, Nicolas Hulot, estampa as capas dos principais jornais franceses desta sexta-feira (7). Um elemento particular agita a imprensa: o fim da produção e venda de carros a gasolina e a diesel até 2040.
"Esse objetivo, que o ministro da
Transição Ecológica e Solidária classifica como 'verdadeira revolução',
mesmo que outros países já o tenham estabelecido para 2030, figurava no
programa de Emmanuel Macron. Mas, sobretudo, ele não apresentou medidas
concretas sobre como chegar até lá", observa o jornal Libération.
O objetivo do plano de Hulot, apresentado na quinta-feira (6), é principalmente colocar em prática o engajamento da França no Acordo de Paris Sobre o Clima. Libération lembra que as ações para a redução de emissão de gases poluentes ainda não cumprem o que foi estabelecido no compromisso.
Abandonar a gasolina e o diesel é realista?
"O fim da gasolina e do diesel: Hulot é realista?", questiona o jornal Le Figaro em sua manchete de capa. O diário lembra que, entre as soluções para acelerar as medidas propostas pelo ministro, está uma ajuda aos franceses de baixa renda para abandonar os veículos movidos a gasolina que datam de antes de 1997, e a diesel, fabricados antes de 2001.
A mudança de filosofia dentro das próprias montadoras pode ajudar o governo francês a atingir seus objetivos, considera Le Figaro. Nesta semana, a construtora Volvo anunciou que passará a fabricar apenas veículos elétricos ou híbridos a partir de 2019. O mesmo processo acontece nas montadoras francesas. Há poucas semanas, o grupo PSA anunciou que 80% de sua gama de carros em todo o mundo passará a ser elétrica ou híbrida até 2023.
Plano ambicioso
Para o jornal econômico Les Echos, o plano do ministro francês é ambicioso. "Apenas para lembrar, os veículos movidos a gasolina e a diesel - inventados no fim do século XIV - representam 95,2% da frota na França", escreve o diário. No primeiro semestre deste ano, apenas 3,5% do total de vendas de automóveis no país diz respeito a veículos híbridos e 1,2% a elétricos, destaca o jornal. Mas, para Nicolas Hulot, a situação pode ser revertida jogando com o "efeito psicológico" do consumidor francês, incentivando-o desde agora a se abrir à possibilidade de adquirir carros menos poluentes.
Será que o governo Macron vai marcar a história com um modelo de desenvolvimento fundado no abandono do carvão, do petróleo e de outras energias fósseis?- pergunta Les Echos. Ainda não se sabe se todos os objetivos serão cumpridos, mas, em todo o caso, o jornal salienta que a nova administração parece estar engajada a enviar a todo o mundo uma imagem ofensiva da França no combate contra o aquecimento global.
Fonte: RFI
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O objetivo do plano de Hulot, apresentado na quinta-feira (6), é principalmente colocar em prática o engajamento da França no Acordo de Paris Sobre o Clima. Libération lembra que as ações para a redução de emissão de gases poluentes ainda não cumprem o que foi estabelecido no compromisso.
Abandonar a gasolina e o diesel é realista?
"O fim da gasolina e do diesel: Hulot é realista?", questiona o jornal Le Figaro em sua manchete de capa. O diário lembra que, entre as soluções para acelerar as medidas propostas pelo ministro, está uma ajuda aos franceses de baixa renda para abandonar os veículos movidos a gasolina que datam de antes de 1997, e a diesel, fabricados antes de 2001.
A mudança de filosofia dentro das próprias montadoras pode ajudar o governo francês a atingir seus objetivos, considera Le Figaro. Nesta semana, a construtora Volvo anunciou que passará a fabricar apenas veículos elétricos ou híbridos a partir de 2019. O mesmo processo acontece nas montadoras francesas. Há poucas semanas, o grupo PSA anunciou que 80% de sua gama de carros em todo o mundo passará a ser elétrica ou híbrida até 2023.
Plano ambicioso
Para o jornal econômico Les Echos, o plano do ministro francês é ambicioso. "Apenas para lembrar, os veículos movidos a gasolina e a diesel - inventados no fim do século XIV - representam 95,2% da frota na França", escreve o diário. No primeiro semestre deste ano, apenas 3,5% do total de vendas de automóveis no país diz respeito a veículos híbridos e 1,2% a elétricos, destaca o jornal. Mas, para Nicolas Hulot, a situação pode ser revertida jogando com o "efeito psicológico" do consumidor francês, incentivando-o desde agora a se abrir à possibilidade de adquirir carros menos poluentes.
Será que o governo Macron vai marcar a história com um modelo de desenvolvimento fundado no abandono do carvão, do petróleo e de outras energias fósseis?- pergunta Les Echos. Ainda não se sabe se todos os objetivos serão cumpridos, mas, em todo o caso, o jornal salienta que a nova administração parece estar engajada a enviar a todo o mundo uma imagem ofensiva da França no combate contra o aquecimento global.
Fonte: RFI
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