Confiança do Agronegócio aponta perda do nível de otimismo do setor
sexta-feira, julho 21, 2017
Queda no segundo semestre coloca Brasil abaixo da
linha de 100 pontos. Medido pelo Departamento do Agronegócio (Deagro)
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Índice de Confiança do
Agronegócio (IC Agro) caiu para 92,4 pontos no segundo trimestre de
2017, uma queda de 8,2 pontos quando …
Queda no segundo semestre coloca Brasil abaixo da linha de 100 pontos.
Medido pelo Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro) caiu para 92,4 pontos no segundo trimestre de 2017, uma queda de 8,2 pontos quando comparado ao trimestre imediatamente anterior, quando havia registrado 100,5 pontos.De acordo com a metodologia do estudo, pontuação acima de 100 pontos corresponde a otimismo e resultados abaixo disso indicam baixo grau de confiança.
Este é o resultado mais baixo desde o 2º trimestre do ano passado, quando produtores, indústrias e cooperativas que compõem o agronegócio iniciaram uma fase otimista. Nesse período, o índice havia registrado 102,1 pontos.
A queda foi percebida na indústria de
insumos, antes da porteira, cuja confiança passou para 93,8 pontos,
recuo de 15,5 pontos. O gerente do Deagro da Fiesp, Antônio Carlos
Costa, fala que a comercialização de soja e milho esteve muito lenta no
período, o que prejudicou as aquisições de insumos. “Claramente, os
produtores esperaram um pouco mais para realizar as suas compras,
esperando uma reação de preços dos grãos e uma melhora nas relações de
troca, desfavoráveis até então em comparação a períodos anteriores”,
ressalta.
Para a indústria “Depois da Porteira” (alimentos, principalmente), a
queda no 2º trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior foi de
5,1 pontos, para 96,9 pontos, mostrando-se também abaixo do patamar
otimista. A percepção dessas empresas sobre a economia brasileira piorou
no período avaliado e também houve perda de confiança em relação às
condições do próprio negócio.O índice do Produtor Agropecuário também recuou no fechamento do 2º trimestre, com queda de 8,1 pontos, para 87,3 pontos. Esse resultado foi acentuado pelo Produtor Pecuário, que marcou 80,2 pontos, o que significa quase 20 pontos de queda na comparação com o mesmo período de 2016. “A explicação para esse resultado se deve à combinação de fatores como a suspensão das exportações para os EUA, a operação carne fraca, a situação da empresa líder do setor, que possui presença majoritária em vários estados, gerando insegurança na comercialização e queda de preço acentuada”, diz o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
Este cenário levou à forte desconfiança do pecuarista em relação ao próprio setor, variável esta que registrou queda de 17,3 pontos, para 78,6 pontos. O quadro preocupa especialmente quando o produtor aponta para um resultado ainda pior em relação às expectativas futuras. A queda no índice da pecuária só não foi mais acentuada por conta do leite, que se manteve estável.
Fonte: Fiesp
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