Eleitor de Trump acredita em mudanças climáticas e quer energias limpas
sexta-feira, fevereiro 17, 2017
Donald Trump, então candidato, cumprimenta os simpatizantes durante discurso de campanha em Manhattan, Nova York (Foto: JIM WATSON/AFP) |
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Se o presidente americano, Donald Trump, seguir adiante no retrocesso ambiental, ele o fará por própria conta e risco. Aparentemente, não é o que o eleitor deseja.
Uma pesquisa feita pelas universidades Yale e George Mason, nos Estados Unidos, mostra um retrato surpreendente do eleitor americano. As pesquisas foram feitas entre novembro e dezembro de 2016. Foram ouvidos 1.226 americanos. Deles, 401 votaram em Trump.
Segundo a pesquisa, 49% dos eleitores de Trump acreditam que o aquecimento global está acontecendo. Apenas 30% acham que o fenômeno não é verdadeiro, como Trump diz.
Cerca de 47% dos eleitores de Trump acham que os Estados Unidos devem participar do acordo internacional para controlar as emissões de efeito estufa. Apenas 28% acreditam que o país deve deixar o acordo, como Trump prometeu fazer.
Enquanto Trump apoia a retomada das usinas de carvão e da construção de oleodutos, os eleitores apontam para outro lado. Segundo a pesquisa, 77% dos eleitores de Trump apoiam financiamento para mais pesquisa em energia limpa e 69% são a favor de incentivos fiscais para adoção de veículos eficientes e painéis solares. Metade dos eleitores apoia o fim dos subsídios para os combustíveis fósseis. Cerca de 48% apoiariam um imposto de carbono para as empresas de combustível fóssil.
Os eleitores de Trump parecem ter uma visão bem melhor das tendências globais do que o presidente que elegeram. Cerca de 73% dos que votaram nele dizem que, no futuro, os Estados Unidos devem usar mais energia renovável. Só 33% disseram que os EUA devem usar mais combustíveis fósseis no futuro.
A pesquisa foi feita pelo Programa de Comunicação em Mudança Climática da Universidade Yale e pelo Centro de Comunicação em Mudança Climática da Universidade George Mason. Os pesquisadores ouviram eleitores em todo o território americano. O mix de idade e situação social procurou simular a demografia eleitoral do país.
Se Trump não dá bola para os cientistas nem para os empresários que estão preocupados com as mudanças climáticas e acreditam na transição para uma economia mais limpa, podia ao menos ouvir seus eleitores.
Fonte: Alexandre Mansur - Época
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